Davi Alcolumbre é reeleito presidente do Senado e promete pacificação e diálogo entre os poderes

Davi Alcolumbre (União-AP) foi reeleito presidente do Senado neste sábado, 1º de fevereiro, com 73 votos dos 81 senadores, marcando sua volta ao cargo após um mandato anterior de 2019 a 2021. Em seu discurso, Alcolumbre enfatizou a necessidade de pacificação e diálogo entre os poderes, afirmando que o Brasil "clama por um ambiente de respeito e cordialidade". Ele destacou que sua gestão buscará atender aos anseios da população, prometendo ser um "catalisador" das demandas do plenário.

O senador também fez um aceno ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva, afirmando que a agenda do Executivo será respeitada e que nenhum senador tem a "autoridade" para atrapalhar essa agenda. Alcolumbre pediu que o Congresso não se tornasse um "campo de guerra" e defendeu a importância de cumprir acordos, especialmente em relação às emendas parlamentares, que têm sido alvo de bloqueios pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

A eleição de Alcolumbre foi marcada por um amplo apoio, incluindo partidos da base governista e da oposição, como o PL de Jair Bolsonaro. O novo presidente do Senado terá o desafio de equilibrar os interesses divergentes no Congresso, especialmente em relação a pautas polêmicas, como a anistia aos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro. Alcolumbre já sinalizou que está aberto ao debate sobre essa questão, mas sem comprometer sua posição.

Com sua reeleição, Alcolumbre se junta a um seleto grupo de parlamentares que já ocuparam a presidência do Senado em mais de um mandato. Ele terá a responsabilidade de coordenar as sessões conjuntas do Congresso e liderar discussões sobre o Orçamento de 2025, que é crucial para o governo. A expectativa é que sua experiência e habilidade política ajudem a promover um ambiente mais colaborativo entre os senadores.