Gilmar Mendes suspende investigação da PF contra Marconi Perillo por desvios na saúde
Marconi Perillo, ex governador de Goiás, é investigado por desvios na saúde. O STF suspendeu a investigação, acatando pedido da defesa de Perillo. A Operação Panaceia apura desvios de R$ 900 milhões entre 2012 e 2018. Perillo alega ser vítima de perseguição política por parte do governador Caiado. A decisão do STF será analisada pelo plenário, com votação prevista para breve.
Foto:Reprodução
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Marconi Perillo, presidente nacional do PSDB e ex-governador de Goiás, afirmou que um repasse de R$ 100 mil feito por um advogado investigado pela Polícia Federal para sua esposa foi um empréstimo. O irmão de Perillo também recebeu R$ 35 mil do mesmo advogado. Essas transações estão ligadas à Operação Panaceia, que investiga supostos desvios de recursos públicos na saúde em Goiás entre 2012 e 2018. A operação resultou em dez mandados de busca e apreensão, incluindo um na residência de Perillo, e a Justiça Federal bloqueou R$ 28 milhões em bens dos suspeitos.
Em entrevista à Globonews, Perillo comentou sobre a crise no PSDB, reconhecendo que o partido nunca teve a mesma força de militância que o PT. Ele criticou a estratégia do PSDB nas eleições de 2018, onde não se posicionou no segundo turno, e afirmou que a sigla errou ao não lançar um candidato em 2022. O presidente do PSDB também mencionou conversas sobre fusões com outros partidos, como o MDB, para revitalizar a legenda.
A defesa de Perillo protocolou uma reclamação no Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender a investigação da PF, alegando que ele não participou de nenhum ato investigativo. O advogado de Perillo, Romero Ferraz Filho, argumentou que a operação foi conduzida sem a devida autorização do STF, já que os fatos investigados ocorreram durante seu mandato. A PF alega que os desvios foram facilitados por uma Organização Social que gerenciava hospitais estaduais.
O STF, por meio do ministro Gilmar Mendes, acatou o pedido da defesa e suspendeu a investigação, considerando que o foro privilegiado deve ser mantido mesmo após o término do mandato. Mendes ressaltou que a suspensão é necessária para evitar constrangimentos à defesa e garantir que qualquer denúncia seja apresentada no foro correto. A decisão será analisada pela Segunda Turma do STF em breve.
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