Governo britânico investiga incêndio que paralisou operações no Aeroporto de Heathrow

O governo britânico iniciou uma investigação sobre a "resiliência energética" do país após um incêndio em uma subestação elétrica que causou o fechamento do Aeroporto de Heathrow por quase um dia. O incidente levantou preocupações sobre a capacidade do Reino Unido de lidar com desastres em sua infraestrutura crítica. Embora o aeroporto tenha declarado estar “totalmente operacional” no sábado, milhares de passageiros ainda enfrentavam dificuldades, com companhias aéreas prevendo que a interrupção levaria dias para ser resolvida.

O incêndio, que ocorreu a 3,2 quilômetros do aeroporto, resultou no cancelamento de mais de 1.300 voos e deixou cerca de 200.000 pessoas presas. O Secretário de Energia, Ed Miliband, solicitou à Operadora Nacional do Sistema de Energia que investigasse o ocorrido, buscando entender as lições sobre a resiliência energética. Um relatório preliminar é esperado em seis semanas, e Miliband afirmou que o governo está comprometido em evitar que situações semelhantes se repitam.

O CEO de Heathrow, Thomas Woldbye, destacou que a fonte de energia reserva funcionou, mas não foi suficiente para atender à demanda total do aeroporto, que consome energia equivalente à de uma cidade pequena. Willie Walsh, presidente da Associação Internacional de Transporte Aéreo, criticou a dependência de uma única fonte de energia, questionando a eficácia do planejamento do aeroporto. A situação foi comparada a crises anteriores, como a erupção do vulcão Eyjafjallajökull, que causou grandes interrupções no tráfego aéreo europeu.

Após o incêndio, as operações no aeroporto começaram a ser normalizadas, com a British Airways prevendo operar cerca de 85% de seus voos programados. Apesar da retomada, a recuperação total das operações é complexa, e passageiros continuam a enfrentar atrasos e cancelamentos. A polícia não considera o incêndio suspeito, e as investigações se concentram no equipamento elétrico da subestação afetada.