Pope Leo XIV promete proteger a Amazônia e combater as mudanças climáticas

O novo Papa Leo XIV, anteriormente bispo Robert Prevost, é visto como um defensor da Amazônia e do meio ambiente. Ele promete dar continuidade às ações de proteção ambiental iniciadas por seu antecessor, o Papa Francisco, especialmente após a encíclica Laudato Si e o Sínodo da Amazônia.

Prevost, que tem forte apoio de líderes indígenas e clérigos da região, participou de um evento em 2016, onde destacou a importância da encíclica de Francisco. Ele se mostrou próximo das comunidades locais e envolvido em redes inter-religiosas voltadas para a proteção ambiental. Sua experiência como bispo em Chiclayo, no Peru, é vista como um fator crucial para sua escolha como pontífice.

A Amazônia, que abriga cerca de 48 milhões de pessoas, enfrenta ameaças significativas, como desmatamento e atividades ilegais. Prevost, que presidiu a Comissão Pontifícia para a América Latina, tem laços com bispos de países amazônicos e é um apoiador da Rede Eclesial Pan-Amazônica, que foca na proteção da região.

O novo papa já se manifestou sobre a urgência de ações contra as mudanças climáticas. Em um seminário em Roma, ele mencionou iniciativas do Vaticano, como a instalação de painéis solares. A vice-presidente da Conferência Eclesial da Região Amazônica, Laura Vicuña, expressou esperança de que Leo XIV seja um aliado na luta contra as mudanças climáticas.

A expectativa é que o Papa visite o Brasil durante a COP30, a conferência climática da ONU, que ocorrerá em Belém, no Pará, em novembro de 2025. A presença do pontífice é considerada essencial para abordar os desafios enfrentados pela Amazônia, especialmente em um contexto global de divisões políticas.