21 de mai 2025
França alerta sobre islamismo radical e convoca medidas contra radicalização social
Relatório do governo francês aponta radicalismo islâmico como ameaça à coesão nacional, gerando polêmica e pedidos de medidas de Macron.
Foto:Reprodução
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O governo francês divulgou um relatório que alerta sobre o radicalismo islâmico como uma ameaça à coesão nacional. O documento, apresentado ao presidente Emmanuel Macron nesta quarta-feira (21), sugere que a Federação de Muçulmanos da França (FMF) estaria recrutando novos membros por meio de mesquitas e redes sociais. Em resposta, Macron convocou uma reunião do Conselho de Defesa e Segurança Nacional.
O relatório, que será publicado em breve, foi elaborado por um embaixador e um chefe de polícia. Trechos vazados indicam que a FMF é considerada um braço dos Irmãos Muçulmanos, um movimento radical. O ministro do Interior, Bruno Retailleau, afirmou que o objetivo do grupo é impor a sharia (lei islâmica) na França. Retailleau, que recentemente se tornou presidente do partido Republicanos, também anunciou planos para construir uma prisão de segurança máxima na Guiana Francesa.
A oposição criticou o relatório, acusando o governo de islamofobia. O líder da esquerda, Jean-Luc Mélenchon, afirmou que a islamofobia ultrapassou um novo limite e que o Conselho de Defesa valida teorias delirantes. O debate sobre a integração dos muçulmanos na França é um tema polêmico, especialmente com a crescente influência da ultradireita, que conquistou um número significativo de cadeiras na Assembleia Nacional.
O relatório destaca um fenômeno chamado “entryism”, que se refere à infiltração de grupos radicais nas instituições republicanas. Os autores do documento afirmam que a FMF controla 139 locais de culto e diversas associações, visando estruturar a vida dos muçulmanos na França. A FMF, por sua vez, rejeitou as acusações, afirmando que confundem islamismo com radicalismo, o que pode ser prejudicial à República.
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