30 de mai 2025
Líderes do Congresso criticam apresentação da MP que reforma setor elétrico do governo Lula
Medida provisória do governo Lula para isentar conta de luz de 60 milhões gera desconforto entre líderes do Congresso pela falta de diálogo prévio.
Foto:Reprodução
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Os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), manifestaram desconforto com a apresentação da medida provisória (MP) do governo Lula (PT) que visa reformar o setor elétrico. A proposta, que amplia a isenção da conta de luz para até 60 milhões de brasileiros, é uma estratégia do governo para reverter a queda de popularidade.
Os líderes do Congresso esperavam uma conversa prévia com o presidente da República para discutir a MP, mas isso não ocorreu. Eles desejavam contribuir com sugestões, dada a importância da medida. A Secretaria de Comunicação Social (Secom) não respondeu aos pedidos de comentário sobre a situação.
Críticas à Centralização
A condução da apresentação da MP pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, gerou críticas. Alcolumbre, que apoiou a nomeação de Silveira, rompeu relações com ele e tem criticado sua atuação. O ministro foi visto como centralizador, o que aumentou as tensões entre os líderes do Congresso e o governo.
Durante uma reunião no dia 21 de maio, Silveira apresentou os principais pontos da proposta. O senador Eduardo Braga (MDB-AM) expressou ceticismo, afirmando que rasgaria seu diploma se as contas apresentadas pelo ministro "fechassem". Lula, por sua vez, pediu que o Congresso não desidratasse o texto, ressaltando que a prerrogativa de alteração é dos parlamentares.
Tramitação da Medida
A MP será analisada em uma comissão mista, composta por deputados e senadores. O deputado Fernando Coelho Filho (União Brasil-PE) é o favorito para ser o relator, embora haja discussões sobre a escolha de um nome mais alinhado ao Executivo. A proposta prevê que a conta de luz será gratuita para famílias de baixa renda que consomem até 80 kilowatts-hora (kWh) por mês, beneficiando 17 milhões de famílias.
O custo anual da isenção é estimado em R$ 3,6 bilhões. A medida poderá resultar em um aumento médio de 0,9% nas contas dos demais consumidores regulados, mas o ministério afirma que buscará equilibrar isso com a revisão de outros subsídios. Até o momento, mais de 600 emendas foram apresentadas à proposta, indicando que mudanças são esperadas durante sua tramitação no Congresso.
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