Ministro Zanin investiga corrupção no Judiciário e mantém apurações em sigilo

O ministro Cristiano Zanin está à frente de investigações sobre suspeitas de corrupção em tribunais brasileiros. O foco recai sobre magistrados e assessores, após revelações iniciais sobre corrupção judicial. As apurações estão em sigilo, levantando questionamentos sobre a transparência do processo.

Recentemente, a Polícia Federal cumpriu mandados contra o prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos, por vazamentos relacionados a investigações do Superior Tribunal de Justiça (STJ). As investigações revelaram uma organização criminosa que envolve militares, acusados de espionagem e assassinatos por encomenda. Esses detalhes emergiram de vazamentos pontuais, aumentando a preocupação com a corrupção no Judiciário.

As investigações começaram em agosto do ano passado, quando o STJ apurava casos de corrupção envolvendo lobistas e assessores de ministros. O caso ganhou notoriedade após a descoberta de provas no celular do advogado Roberto Zampieri. Desde então, as denúncias se expandiram, atingindo magistrados de diferentes tribunais. O ministro Zanin, que assumiu a relatoria das investigações, descartou suspeitas contra alguns magistrados, mas manteve o sigilo sobre os detalhes.

A manutenção do sigilo nas investigações é criticada por especialistas, que argumentam que isso pode aumentar a desinformação e as suspeitas sobre o Judiciário. Em contraste, o ministro Alexandre de Moraes, em investigações anteriores, optou por divulgar informações para garantir a transparência. A situação atual levanta questões sobre a imagem do Judiciário e a necessidade de maior clareza nas apurações.