15 de jul 2025
Golpistas utilizam operações psicológicas contra generais e enfrentam tribunais de honra
Exército investiga e punirá militares indiciados por tentativa de golpe, visando restaurar a disciplina e a lealdade na corporação.

O comandante do Exército, general Tomás Ribeiro Paiva, só se manifestará publicamente sobre as investigações da PF após o término dos inquéritos (Foto: wilton junior/Estadão)
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Após o ataque às sedes dos Três Poderes em Brasília, o general Tomás Paiva, comandante do Exército, e o Alto-Comando da instituição decidiram investigar e punir militares indiciados pela Polícia Federal (PF) por envolvimento em tentativas de golpe. Essa mudança de postura ocorre em meio a críticas sobre a severidade das punições aplicadas a civis, que enfrentam penas de 14 a 17 anos de prisão.
O relatório da PF aponta 24 militares entre os 37 indiciados, sendo 16 da ativa na época dos eventos, incluindo seis oficiais generais. As investigações revelaram que muitos desses militares participaram de ações clandestinas que feriram a hierarquia e a lealdade militar. O general Tomás e o chefe do Estado-Maior, Richard Nunes, afirmaram que todos os envolvidos serão submetidos a tribunais de honra, destacando a necessidade de preservar a honra da instituição.
Os generais analisaram as 884 páginas do relatório do inquérito e chegaram à conclusão de que a deslealdade demonstrada por alguns oficiais não pode ser ignorada. Entre os indiciados estão figuras como Walter Braga Netto e Mário Fernandes, considerados líderes da tentativa de golpe. As condutas investigadas incluem incitação à indisciplina e reuniões ilícitas, que podem ser vistas como crimes militares.
Além disso, a PF identificou uma Operação Psicológica (Op Psico) que visava desestabilizar o Alto-Comando do Exército. Mensagens trocadas entre os conspiradores revelaram planos para influenciar decisões e cooptar militares em posições-chave. A situação é vista como uma traição à instituição, com generais expressando preocupação sobre a lealdade de seus colegas.
A resposta do Exército a essas ações é um reflexo da necessidade de restaurar a confiança e a disciplina dentro da corporação, em um momento em que a integridade da instituição está em jogo.
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