16 de jul 2025
Governo dos EUA revela envio secreto de imigrantes para Essuatíni na África
EUA intensificam deportações, incluindo cinco homens para Essuatíni, enquanto orçamento do ICE pode ultrapassar US$ 100 bilhões.

Donald Trump, presidente dos Estados Unidos. 09/07/2025 (Foto: Win McNamee/Getty Images)
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Recentemente, cinco homens de países como Vietnã, Cuba, Jamaica, Iémen e Laos foram deportados para Essuatíni, um pequeno país africano. A secretária assistente de Segurança Interna dos EUA, Tricia McLaughlin, descreveu os deportados como "indivíduos tão singularmente bárbaros que seus países de origem se recusaram a aceitá-los de volta".
Essuatíni, governado pelo rei Mswati III desde 1986, é uma das últimas monarquias absolutas do mundo, onde partidos políticos são proibidos e a dissidência é reprimida. A deportação para esse país ocorre em meio a uma nova estratégia do governo Trump, que busca expandir as operações de deportação para a África. Na semana passada, Trump se reuniu com líderes africanos para discutir a aceitação de deportados dos EUA.
Dados recentes indicam que os voos de deportação atingiram um recorde em junho, com 209 voos, o maior número desde 2000. Este aumento de 54% em relação à média dos seis meses anteriores reflete a intensificação das políticas imigratórias sob a administração Trump. A maioria dos deportados tem origem em países da América Central, como Guatemala, Honduras e El Salvador, que juntos receberam mais da metade dos voos.
O governo dos EUA também está implementando um novo orçamento que pode aumentar os recursos do ICE para operações de deportação de US$ 8 bilhões para mais de US$ 100 bilhões. Desses, cerca de US$ 14 bilhões serão destinados especificamente para deportações. Além disso, a Suprema Corte autorizou a deportação de imigrantes para países diferentes de suas origens, incluindo locais em conflito.
Em paralelo, o governo está acelerando processos para revogar a cidadania de cidadãos naturalizados que tenham cometido fraudes ou ocultado informações durante o processo de imigração. Essa medida pode afetar até 25 milhões de cidadãos americanos que imigraram para os EUA.
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