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17 de jul 2025

Brasil rejeita diálogo com Otan após ameaças de sanções, afirma Mauro Vieira

Mauro Vieira critica ameaças de sanções da Otan e reafirma que questões comerciais não devem ser tratadas por alianças militares.

Ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. (Foto: Lula Marques/ Agência Brasil)

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O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, rejeitou as ameaças de sanções do secretário-geral da Otan, Mark Rutte, em relação ao Brasil, China e Índia. Durante uma entrevista à GloboNews, Vieira classificou as declarações de Rutte como "totalmente descabidas", ressaltando que a Otan não deve intervir em questões comerciais.

Rutte havia alertado que as três nações poderiam enfrentar sanções se não pressionassem a Rússia a buscar a paz na Ucrânia. O secretário-geral enfatizou que, caso a situação não se altere, as sanções poderiam ser aplicadas em até 50 dias. Vieira, por sua vez, argumentou que a Otan é uma aliança militar e não tem competência para tratar de assuntos comerciais, especialmente considerando que países da Otan, como os da União Europeia, continuam a comerciar com a Rússia.

Tensão Comercial

As novas ameaças ocorrem em um contexto de tensões comerciais entre o Brasil e os Estados Unidos, exacerbadas durante a administração de Donald Trump, que recentemente anunciou tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. A postura do governo brasileiro, segundo Vieira, é de buscar soluções por meio de canais adequados, como discussões bilaterais e fóruns da Organização Mundial do Comércio (OMC).

A diplomacia brasileira tem priorizado a calma e a diplomacia, evitando uma escalada de tensões. Fontes do Itamaraty indicam que a ala moderada, da qual Vieira faz parte, optou por não responder publicamente às ameaças de Rutte, considerando-as um "disparate".

Repercussões e Análises

As declarações de Rutte também levantam questões sobre a lógica das sanções. Enquanto o Brasil e outros países são criticados por seus laços com a Rússia, a União Europeia importou US$ 35 bilhões em mercadorias russas em 2024. Essa discrepância evidencia a complexidade das relações comerciais globais e a falta de consistência nas críticas direcionadas ao Brasil.

A situação atual pode, na verdade, fortalecer os laços entre os países do Brics, em vez de gerar o efeito desejado por Rutte. O Brasil continua atento à situação na Ucrânia, mas mantém uma postura diplomática, buscando soluções pacíficas diante das pressões externas.

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