17 de jul 2025
Centrão se esquiva de apoiar mudança que poderia salvar mandato de Eduardo Bolsonaro
Eduardo Bolsonaro enfrenta a perda do mandato se não retornar ao Brasil até 20 de julho, enquanto busca apoio para a anistia de seu pai.

Eduardo Bolsonaro (PL-SP) discursa durante a Conferência da Ação Política Conservadora (CPAC, na sigla em inglês) em Maryland, nos EUA, em fevereiro de 2025 (Foto: Saul Loeb/AFP)
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Eduardo Bolsonaro (PL-SP), deputado licenciado, enfrenta a possibilidade de perder seu mandato se não retornar ao Brasil até 20 de julho. Desde março, ele está nos Estados Unidos buscando apoio para a anistia de seu pai, Jair Bolsonaro, réu em ação penal por tentativa de golpe.
Parlamentares tentam articular soluções para evitar a cassação de Eduardo, que pode ocorrer caso ele falte a mais de um terço das sessões. Entre as propostas, está a mudança no regimento da Câmara para permitir o exercício remoto do mandato. O deputado Evair de Mello (PP-ES) apresentou uma proposta nesse sentido, enquanto Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) sugere prorrogar a licença de Eduardo por mais 120 dias.
Apoio do Centrão é incerto, e líderes desse grupo político expressam desconforto com a postura de Eduardo, que criticou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Eduardo considera que a única solução para a crise é a anistia aos condenados pelos ataques de 8 de janeiro. O presidente do PP, Ciro Nogueira, afirmou que Eduardo "está totalmente errado" e que o ex-presidente deve apoiar Tarcísio nas negociações com empresários.
Eduardo já admite a possibilidade de não retornar ao Brasil, o que o coloca em contagem regressiva. Ele teve quatro faltas injustificadas em 2025, totalizando 21,05% de ausências. Caso perca o mandato, seu lugar será ocupado pelo suplente Missionário José Olímpio, que recebeu 61.938 votos nas eleições de 2022.
A situação de Eduardo é complexa, e ele pode apresentar atestados médicos para justificar sua permanência nos Estados Unidos. A decisão sobre a cassação do mandato cabe à Mesa Diretora da Câmara, que nem sempre age de forma automática.


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