18 de jul 2025
Bahia celebra 2 de Julho, marco da Independência do Brasil e sua importância histórica
Lula propõe criar o Dia Nacional da Consolidação da Independência em 2 de julho, destacando a luta popular na Bahia.

Imagens aéreas da cidade de Cachoeira, no recôncavo baiano (Foto: Rafael Martins - 20.jun.22/Folhapress)
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou, no dia 1º de julho, o Projeto de Lei nº 3220/2025, que propõe a criação do "Dia Nacional da Consolidação da Independência do Brasil" em 2 de julho. A iniciativa visa reconhecer a importância dos eventos que ocorreram na Bahia durante o processo de independência, especialmente a luta popular que culminou na retirada das tropas portuguesas em 1823.
A proposta gerou reações mistas, especialmente em Portugal, onde críticos a consideram uma tentativa populista e questionam a sanidade política do presidente. Durante um debate na CNN Portugal, alguns comentaristas expressaram preocupações sobre possíveis divisões entre os dois países. No entanto, essas críticas desconsideram a complexidade histórica da independência brasileira, que vai além do tradicional Grito do Ipiranga.
A história da independência no Brasil é marcada por conflitos e mobilizações populares. Na Bahia, a resistência contra os portugueses se intensificou, com a vila de Cachoeira se tornando um centro de resistência. O general francês Pierre Labatut, enviado por D. Pedro, recrutou soldados de várias regiões, transformando a luta em um esforço coletivo brasileiro. A vitória em 2 de julho de 1823 foi um marco, com a retirada de cerca de 10 mil pessoas, incluindo civis e militares, do território brasileiro.
O reconhecimento do dia 2 de julho como um marco da independência é um passo importante para reavaliar a narrativa histórica do Brasil. A proposta de Lula busca corrigir uma visão que muitas vezes ignora o papel de diversos grupos sociais, como mulheres, indígenas e negros, que foram fundamentais nesse processo. A celebração do Dia da Consolidação da Independência também representa uma oportunidade para que Portugal reflita sobre sua própria história colonial, especialmente em um momento em que outras ex-colônias comemoram suas independências.
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