Pacheco se articula para ser o candidato de Lula ao governo de Minas Gerais

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou apoio ao senador Rodrigo Pacheco (PSD) como candidato ao governo de Minas Gerais durante um evento em Mariana, onde anunciou um acordo de reparação pelo rompimento da barragem do Fundão em 2015. Lula destacou Pacheco como "futuro governador", reforçando sua intenção de construir uma frente ampla para as eleições de 2026, em um estado que atualmente é governado pela direita sob Romeu Zema (Novo).

Pacheco, que ainda não se declarou oficialmente como pré-candidato, tem se movimentado pelo estado e participado de eventos ao lado de Lula. Contudo, o apoio do PSD, partido de Pacheco, pode ser um desafio. A sigla, liderada por Gilberto Kassab, tem se aproximado da direita e pode optar por apoiar o vice-governador Mateus Simões (Novo). O PSD possui a maior bancada na Assembleia Legislativa, o que o torna um aliado estratégico para qualquer candidatura.

Simões acredita que a popularidade do governo Zema, com uma aprovação de cerca de 65%, pode facilitar a formação de uma chapa forte de direita, incluindo partidos como PL, União Brasil e PP. Pacheco, por sua vez, tem enfatizado que o PSD não deve se aliar a Zema, argumentando que isso não seria benéfico para o estado. Ele já considera alternativas, como o MDB e o PSB, que têm laços mais próximos com Lula.

A disputa em Minas Gerais é crucial, pois o estado é um dos maiores colégios eleitorais do Brasil. Pesquisas indicam que candidatos da direita, como Cleitinho Azevedo (Republicanos) e Nikolas Ferreira (PL), estão liderando as intenções de voto, enquanto Pacheco e Kalil (PSD) aparecem com números inferiores. A dinâmica política em Minas se mostra complexa, com a direita potencialmente dividida e a esquerda buscando se reerguer.