Lula celebra apoio à candidatura de Pacheco ao governo de Minas Gerais

O senador Rodrigo Pacheco (PSD) manifestou, recentemente, sua disposição para concorrer ao governo de Minas Gerais em 2026. A informação animou o círculo próximo ao presidente Lula (PT), que vê na candidatura do pessedista uma oportunidade de consolidar uma base eleitoral no segundo maior colégio eleitoral do Brasil. Pacheco, que já foi cogitado para uma vaga no Supremo Tribunal Federal, agora parece focar em uma candidatura ao Executivo mineiro, prometendo uma decisão até o fim do ano.

A indefinição sobre qual partido Pacheco irá concorrer é uma questão central. O PSD, liderado por Gilberto Kassab, busca alianças com o atual governador Romeu Zema (Novo) e pode apoiar Tarcísio de Freitas (Republicanos) em uma possível candidatura à presidência. Essa situação complica a viabilidade de Pacheco, que precisa alinhar seu palanque com o apoio a Lula. Nos últimos meses, o senador recebeu convites de várias siglas, incluindo PSDB, PSB, MDB e União Brasil. Atualmente, a filiação ao União é considerada a alternativa mais provável, especialmente após a federação com o PP.

Cenário Eleitoral

Pacheco tem se posicionado publicamente ao lado de Lula em eventos, como em Minas Novas, onde criticou a possibilidade de anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro. O apoio do presidente é visto como crucial para a construção de uma frente ampla em Minas, onde a pressão por uma definição sobre a candidatura de Pacheco aumenta. Pesquisas recentes indicam que a direita, representada por nomes como Nikolas Ferreira (PL) e Cleitinho Azevedo (Republicanos), lidera as intenções de voto.

O círculo de Lula já discute possíveis composições para a chapa de Pacheco. A inclusão de um vice do PT é uma possibilidade, mas aliados do senador expressam preocupações sobre a aceitação do partido em Minas. Alternativamente, uma das vagas ao Senado poderia ser reservada ao PT, com nomes como a prefeita de Contagem, Marília Campos, e o deputado federal Reginaldo Lopes sendo cogitados.

Com mais de 16 milhões de eleitores, Minas Gerais se apresenta como um campo de batalha estratégico para as eleições de 2026, e a movimentação de Pacheco pode ser decisiva para o futuro político do estado.