Bolsonaro pode ser preso se utilizar redes sociais de terceiros, alerta Moraes

O ex-presidente Jair Bolsonaro enfrenta novas restrições legais impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Desde a última sexta-feira, 19, Bolsonaro está sob monitoramento com tornozeleira eletrônica e enfrenta proibições severas, incluindo a impossibilidade de usar redes sociais e de se comunicar com outros investigados, como seu filho, Eduardo Bolsonaro.

Na segunda-feira, 21, Moraes alertou que qualquer uso das redes sociais, mesmo indiretamente, pode resultar em prisão. A decisão visa evitar que o ex-presidente contorne as restrições, utilizando contas de terceiros para se manifestar. "A medida cautelar de proibição de utilização de redes sociais inclui, obviamente, as transmissões, retransmissões ou veiculação de áudios, vídeos ou transcrições de entrevistas", afirmou o ministro.

Bolsonaro, que já estava impedido de deixar o Brasil e de se comunicar com aliados, cancelou uma entrevista agendada para evitar possíveis repercussões legais. Durante uma visita à Câmara dos Deputados, ele foi flagrado exibindo a tornozeleira, o que gerou reações nas redes sociais e aumentou a pressão sobre sua defesa.

Implicações Políticas

As restrições têm gerado um clima de tensão no cenário político. Uma comitiva de deputados do PL se reuniu para discutir a interrupção do recesso parlamentar em apoio a Bolsonaro e Eduardo. As medidas cautelares refletem a crescente pressão sobre o ex-presidente, que é alvo de investigações por tentativa de golpe de Estado.

A situação de Bolsonaro se complica à medida que novas informações surgem. Juristas divergem sobre a legalidade das restrições, especialmente no que diz respeito ao uso de redes sociais por terceiros. A expectativa é que os próximos dias tragam mais desdobramentos sobre o caso e suas implicações legais.