Robert F. Kennedy impulsiona movimento 'Faça a América Saudável Novamente'

O Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA está passando por demissões em massa após uma decisão da Suprema Corte que permitiu cortes significativos na equipe, uma ação impulsionada pela administração Trump. O secretário da Saúde, Robert F. Kennedy Jr., enfrenta críticas por sua gestão, que inclui a limitação do acesso a vacinas e a promoção de alimentos ultraprocessados, em meio ao aumento da epidemia de sarampo.

Kennedy, que assumiu o cargo após uma controvérsia em sua confirmação no Senado, tem sido alvo de processos por parte de associações médicas. Ele é acusado de restringir o acesso às vacinas contra a Covid-19, não recomendando-as para crianças e gestantes, o que tem gerado desconfiança na população. A epidemia de sarampo, com quase 1.300 casos registrados em 2023, é a maior em 33 anos, e a maioria dos infectados não estava vacinada.

Além disso, Kennedy tem promovido uma campanha contra alimentos ultraprocessados, mas suas recomendações incluem produtos de uma empresa que fornece refeições com alto teor de conservantes. Essa contradição tem levantado questões sobre sua verdadeira intenção em promover uma alimentação saudável. Em suas declarações, Kennedy sugere que os médicos têm interesses financeiros em vacinas, afirmando que 50% da receita de muitos pediatras provém delas, uma afirmação que gerou indignação entre especialistas.

A confiança nas vacinas está em declínio, com a taxa de imunização abaixo de 93%, o que compromete a imunidade coletiva. Kennedy também demitiu membros do conselho de políticas de vacinas do CDC e nomeou novos integrantes que compartilham suas visões controversas. A situação é alarmante, especialmente com a crescente resistência a vacinas alimentada por desinformação.

A gestão de Kennedy está em meio a um cenário de cortes orçamentários significativos, que afetam programas de saúde para os mais pobres. A combinação de sua retórica e ações tem gerado um movimento chamado MAHA (Make America Healthy Again), que ressoa com a base de apoio de Trump, especialmente entre mulheres de classe média e baixa em áreas suburbanas.