21 de jul 2025
Senador americano ameaça taxar em 100% petróleo russo comprado pelo Brasil
Senador Lindsey Graham ameaça tarifas de 100% sobre petróleo russo comprado por Brasil, China e Índia, intensificando tensões econômicas.

Lindsey Graham se dirigiu a Putin dizendo que 'o jogo mudou' (Foto: Michael M. Santiago/AFP)
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O senador americano Lindsey Graham anunciou a possibilidade de impor tarifas de 100% sobre o petróleo comprado da Rússia por países como Brasil, China e Índia. Em entrevista à Fox News, realizada na segunda-feira, 21, Graham acusou essas nações de financiar a guerra de Vladimir Putin na Ucrânia. Ele afirmou que, se as compras de petróleo russo não cessarem, os Estados Unidos retaliarão com tarifas severas, afirmando: "Vamos colocar um inferno de tarifas, esmagando a sua economia."
Graham destacou que 80% do petróleo russo é adquirido por esses três países, o que, segundo ele, sustenta a máquina de guerra russa. O senador enfatizou que a Rússia pode resistir às sanções, mas que Brasil, China e Índia terão que escolher entre a economia americana e o apoio a Putin. "O jogo mudou em relação a você, presidente Putin," declarou.
Pressão Econômica
Essa nova pressão econômica ocorre em um contexto de crescente tensão entre os EUA e o Brasil, que já enfrentou ameaças tarifárias sob a administração de Donald Trump. O ex-presidente havia sugerido tarifas de 50% sobre as exportações brasileiras, e agora, sob a nova retórica, as tarifas podem chegar a 100%. Graham afirmou que Trump está "cansado desse jogo" e que os países do Brics precisarão decidir entre a economia americana e o apoio à Rússia.
Além disso, Graham reafirmou o compromisso dos EUA em continuar enviando armas à Ucrânia, permitindo que o país se defenda contra os ataques russos. Essa postura pode intensificar as tensões geopolíticas, à medida que os Estados Unidos buscam isolar a Rússia economicamente.
Implicações para o Brasil
O Brasil, que mantém relações comerciais com a Rússia, especialmente no setor energético e agrícola, agora se vê no centro de uma nova disputa. A retórica de Graham não apenas intensifica a pressão econômica, mas também representa um desafio à autonomia diplomática e energética do país. As acusações de práticas comerciais desleais, que antes dominavam a relação Brasil-EUA, agora são acompanhadas por um argumento geopolítico que pode complicar ainda mais as relações comerciais entre os dois países.



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