22 de jul 2025
Roubos de celular em dez bairros do Rio alimentam mercado ilegal e desafiam polícia
A recuperação de mil e quinhentos celulares e mais de duzentas prisões revelam a gravidade da onda de roubos na cidade.

Mapa do crime revela dados de roubo de celular no Rio (Foto: Editoria de Arte)
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Aumento de Roubos de Celulares no Rio de Janeiro Alerta Autoridades
Os roubos de celulares no Rio de Janeiro cresceram 39% em 2023, com bairros como Tijuca e Centro sendo os mais afetados. A dinâmica criminosa envolve a revenda dos aparelhos em centros comerciais, como o Camelódromo da Uruguaiana.
Recentemente, a Polícia Civil recuperou 1,4 mil celulares roubados na Operação Rastreio, resultando em mais de 270 prisões. O aumento alarmante de roubos foi evidenciado em áreas como Acari e Jardim Sulacap, que registraram crescimentos de até 180%.
Os dados do Mapa do Crime mostram que apenas dez bairros concentram um terço dos 14.196 casos registrados em 2024. O Centro lidera com 1.622 ocorrências, seguido pela Tijuca, Maracanã e Botafogo. Na Tijuca, os casos aumentaram 29,4% em relação ao ano anterior.
Dinâmica do Crime
A revenda de celulares roubados é facilitada pela proximidade de centros comerciais, que atraem grande circulação de pessoas. Daniel Hirata, do Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos, destaca que o roubo de celulares impacta a percepção de segurança pública, alimentando mercados criminosos.
Uma operação recente na favela do Fallet revelou uma central clandestina de desbloqueio de celulares, onde foram apreendidos 200 aparelhos. O responsável, Patrick Fontes Souza da Silva, já tinha um histórico criminal por receptação de produtos roubados e afirmou que a mudança para a favela foi uma estratégia para evitar a polícia.
Consequências e Medidas
As vítimas de roubos enfrentam não apenas a perda do aparelho, mas também o risco de terem seus dados pessoais acessados. A delegada Kely de Araújo Goularte enfatiza a importância de registrar o IMEI do celular, pois isso facilita a devolução dos aparelhos recuperados.
A reincidência entre os criminosos é um desafio para as autoridades. Maurício Bandeira Lage, conhecido como Azulão, foi preso várias vezes por roubos de celular, mas frequentemente retorna às ruas. A situação exige uma resposta mais eficaz das forças de segurança para combater essa crescente onda de criminalidade.
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