23 de jul 2025
Brasil deve manter tarifa do etanol mesmo com possibilidade de negociação com os EUA
Ministro Alexandre Silveira reafirma a necessidade de manter tarifas sobre etanol e destaca dependência brasileira de diesel russo.

Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, durante entrevista ao videocast semanal da Folha C-Level (Foto: Reprodução)
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O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que o Brasil deve manter as tarifas sobre o etanol americano, mesmo considerando negociações com os Estados Unidos. A tarifa de 18% sobre o etanol dos EUA é uma das principais queixas do país, que recentemente iniciou uma investigação sobre o tema. Silveira defendeu que essa taxa está em equilíbrio com as tarifas americanas sobre o açúcar brasileiro, que chegam a 90%.
Em entrevista ao videocast C-Level, o ministro destacou a importância do etanol para o Nordeste brasileiro e afirmou que as negociações estão sendo conduzidas pelo vice-presidente Geraldo Alckmin. Ele enfatizou que a estabilidade das tarifas é crucial para a cadeia produtiva do agronegócio. "As taxas do etanol têm que ser mantidas", disse Silveira.
Dependência Energética
O ministro também abordou a dependência do Brasil em relação ao diesel russo, que representa 64% das importações de diesel do país. Silveira afirmou que não seria correto proibir a importação de produtos russos, pois isso ajudaria a manter os preços dos combustíveis mais baixos no Brasil. "Temos uma dependência de 21% de importação de diesel", ressaltou.
Além disso, o secretário de Estado americano, Marco Rubio, manifestou interesse na energia da usina de Itaipu, que poderá ser utilizada pelo Paraguai a partir de 2027. Silveira esclareceu que, até lá, existe um contrato consolidado que impede mudanças na utilização da energia. Ele também mencionou que o Paraguai poderá vender sua energia no mercado interno e para empresas de inteligência artificial após essa data.
Relação Comercial
As tarifas sobre o etanol e o açúcar são pontos sensíveis na relação comercial entre Brasil e Estados Unidos. Silveira acredita que o diálogo aberto pode levar a um consenso, mas reafirmou a necessidade de proteger os interesses brasileiros. "É fundamental que a gente defenda o que temos de mais competitivo", concluiu.
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