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24 de jul 2025

Carro roubado na Linha Amarela é usado na morte de agente da polícia elite

Cresce a conexão entre roubos de veículos e a violência no Rio de Janeiro, evidenciada pelo assassinato do policial João Pedro Marquini.

Cerimônia de casamento entre a juíza Tula Correa de Mello e o policial civil João Pedro Marquini (Foto: Reprodução / Instagram)

Cerimônia de casamento entre a juíza Tula Correa de Mello e o policial civil João Pedro Marquini (Foto: Reprodução / Instagram)

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O aumento do roubo de veículos no Rio de Janeiro está diretamente ligado à violência e à disputa territorial entre facções criminosas. Um caso emblemático é o do Tiggo cinza, que foi roubado em dezembro de 2024 e utilizado no assassinato do policial civil João Pedro Marquini, em março de 2025. Marquini, de 38 anos, era integrante da elite policial e marido da juíza Tula Correa de Mello.

O assassinato ocorreu durante uma tentativa de roubo na Serra da Grota Funda, em Guaratiba. O carro usado pelos criminosos havia sido levado na Taquara, onde os registros de roubo de veículos aumentaram 37,3% em um ano. O Tiggo foi levado para o Morro dos Tabajaras, em Copacabana, e clonado para evitar a identificação policial. Durante os três primeiros meses de 2025, o veículo circulou exclusivamente na comunidade, servindo ao tráfico de drogas.

Conexão com o Tráfico

Na noite do crime, quatro homens armados saíram do Tabajaras em direção a Santa Cruz, uma área dominada por milicianos. O grupo foi atacado por paramilitares, e o Tiggo, danificado, foi abandonado. Marquini, ao perceber a abordagem, tentou proteger sua esposa, mas foi morto com cinco tiros. O carro usado no ataque apresentava sinais de blindagem artesanal, evidenciando a estrutura criminosa em torno dos veículos roubados.

Dados do Instituto de Segurança Pública mostram que os bairros com aumento nos roubos de veículos coincidem com áreas dominadas pelo Comando Vermelho (CV) e pelo Terceiro Comando Puro (TCP). O Mapa do Crime revela que o bairro de Irajá lidera em números absolutos, com 766 casos em 2024. Outros bairros como Pavuna e Bangu também estão entre os mais afetados.

A Indústria do Roubo

O roubo de veículos se tornou parte de uma cadeia criminosa organizada, envolvendo desmanches e revendas de peças. Segundo Daniel Hirata, do Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos, essa prática não é casual, mas sim um mercado estruturado que alimenta a logística do tráfico. O caso de Marquini exemplifica como um carro roubado pode se tornar um ativo estratégico para o crime, culminando em tragédias como o assassinato de um policial.

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