24 de jul 2025
Filipe Martins contesta erro da PF sobre sua viagem aos Estados Unidos no STF
Filipe Martins contesta investigação da Polícia Federal e apresenta provas de sua presença no Brasil durante audiência no STF.

O ex-assessor de assuntos internacionais da Presidência Filipe Martins é acusado de integrar o núcleo 2 da trama golpista. (Foto: NILTON FUKUDA / ESTADÃO - 10/10/2019)
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BRASÍLIA - O ex-assessor de assuntos internacionais da Presidência, Filipe Martins, prestou depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira, 24, no âmbito da ação penal que investiga sua suposta participação em uma trama golpista. Martins foi indiciado e preso preventivamente em fevereiro de 2024, acusado de tentar fugir para os Estados Unidos.
Durante a audiência, Martins contestou as alegações da Polícia Federal (PF), que indicaram sua presença em um voo presidencial para Orlando em 30 de dezembro de 2022. A defesa apresentou evidências de que ele estava no Brasil, incluindo uma passagem para Curitiba na mesma data. A PF, inicialmente, não encontrou registros de saída de Martins, mas posteriormente identificou sua entrada nos EUA, o que reforçou as suspeitas de fuga.
Acusações e Defesa
A defesa de Martins argumenta que a investigação da PF carece de provas robustas. O advogado Paulo Gonet, da Procuradoria-Geral da República (PGR), já havia solicitado a liberdade provisória do ex-assessor, citando documentos que comprovam sua presença no Brasil. O ministro Alexandre de Moraes considerou a prisão de Martins como uma medida necessária para garantir a coleta de provas.
Além disso, Martins é acusado de participar de reuniões no Palácio da Alvorada com o ex-presidente Jair Bolsonaro, onde teriam sido discutidas mudanças em um decreto que poderia justificar um golpe de Estado contra a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. O delegado Fábio Shor confirmou que Martins esteve presente em reuniões cruciais, incluindo uma em 7 de dezembro de 2022.
Intimidação e Controvérsias
A defesa de Martins também alegou intimidação durante o depoimento, citando um incidente com o juiz-auxiliar de Moraes, Rafael Tamai. Os advogados afirmaram que se sentiram constrangidos durante a audiência e planejam apresentar uma reclamação ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
A decisão sobre a validade das acusações e a possível revisão da prisão preventiva de Martins ficará a cargo de Moraes, que ouvirá a PGR antes de tomar uma decisão. A investigação continua a ser um ponto focal na análise das ações de Martins e seu suposto envolvimento na trama golpista.
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