24 de jul 2025
Fux, Mendonça e Nunes apoiam Moraes em 70% das votações no STF
Governo dos EUA mantém vistos de ministros do STF, apesar de divergências de Luiz Fux em casos cruciais e tensões políticas no Brasil.

Ministros do STF Luiz Fux, André Mendonça e Nunes Marques (Foto: Evaristo Sá/AFP e Carlos Moura/STF)
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O governo dos EUA decidiu não revogar os vistos de entrada de três ministros do Supremo Tribunal Federal (STF): André Mendonça, Luiz Fux e Kassio Nunes Marques. Essa decisão ocorre em meio a um contexto de tensões políticas e julgamentos relacionados a atos golpistas no Brasil.
Uma análise dos julgamentos do STF revela que Mendonça, Fux e Nunes Marques concordam com o ministro Alexandre de Moraes em 73% dos casos analisados. O levantamento, realizado pelo UOL, abrange 139 decisões desde outubro de 2023, das quais 46 foram unânimes. Em comparação, Edson Fachin discordou de Moraes em 61 ocasiões, representando 65,6% de divergência.
Divergências Notáveis
Apesar do alinhamento, Fux se destacou por divergir em decisões importantes, como no caso da cabeleireira Débora Rodrigues, condenada por participar da invasão das sedes dos Três Poderes. Fux sugeriu uma pena menor, mas foi voto vencido. Em outro julgamento, ele foi o único a discordar da decisão de tornar Jair Bolsonaro réu na trama golpista, argumentando que o STF não era o foro adequado.
A discordância de Fux também se manifestou em relação às medidas cautelares impostas a Bolsonaro, como o uso de tornozeleira eletrônica. Para Fux, essas restrições eram excessivas e careciam de novas evidências que as justificassem. Especialistas apontam que a divergência pode enfraquecer decisões do tribunal, embora também possa sinalizar posições para a opinião pública.
Interferência Externa
A decisão do governo dos EUA de revogar o visto de Moraes e de seus "aliados" foi criticada por especialistas, que a consideram uma interferência indevida no Judiciário brasileiro. A professora da FGV, Eloisa Machado, destacou que essa ação não reflete uma resposta legítima a fatos, mas sim uma tentativa de influenciar a narrativa política.
O Departamento de Estado dos EUA, por meio do secretário Marco Rubio, justificou a revogação como parte de uma "caça às bruxas" contra Bolsonaro. A situação se complica com investigações sobre se Bolsonaro e seu filho Eduardo tentaram influenciar o julgamento da trama golpista ao defender sanções a autoridades brasileiras. Eduardo, que está nos EUA, afirmou ter discutido tarifas sobre produtos brasileiros antes do anúncio oficial.
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