Golpes online aumentam enquanto roubos caem em crimes de estelionato
Brasil registra a menor taxa de roubos desde 2018, mas estelionatos crescem 408%, com quatro golpes por minuto em 2024.

Roubos caem e golpes crescem em 2024, aponta Anuário de Segurança (Foto: Arte/g1)
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O Brasil registrou em 2024 a menor taxa de roubos desde o início da série histórica, conforme dados do Anuário de Segurança do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). Apesar da queda nos roubos, os estelionatos atingiram um recorde alarmante, com um aumento de 408% nos últimos seis anos, especialmente no ambiente virtual.
Os números revelam que os roubos caíram para 745.333 casos, uma redução significativa em relação aos 1.506.151 registrados em 2018. Em contrapartida, os estelionatos saltaram de 426.799 para 2.166.552 no mesmo período. O estudo, que mapeia anualmente os registros criminais dos 26 estados e do Distrito Federal, indica que o Brasil teve uma média de quatro golpes por minuto em 2024.
Mudança no Perfil Criminal
O crescimento dos estelionatos, especialmente os realizados online, é notável desde a pandemia de Covid-19. Os registros de crimes virtuais aumentaram 133% em três anos, passando de 120.470 em 2021 para 281.206 em 2023. Renato Sérgio de Lima, diretor-presidente do FBSP, destaca que a criminalidade se adaptou, migrando do ambiente físico para o virtual.
Os dados também mostram que os roubos de celulares, embora tenham caído 13%, ainda superam 917 mil aparelhos subtraídos. Os crimes ocorrem com mais frequência nas quintas e sextas-feiras, especialmente entre 6h e 8h e 19h e 20h. Já os crimes com violência se concentram no período noturno, com 41% dos casos registrados entre 18h e 23h.
Tendências nos Crimes Patrimoniais
Os furtos, por sua vez, têm maior incidência nos finais de semana, com 34% dos casos ocorrendo aos sábados e domingos. A análise dos dados revela que os furtos acontecem com mais frequência a partir das 10h e, novamente, às 18h. O cenário atual reflete uma mudança significativa nas dinâmicas de criminalidade no Brasil, exigindo atenção das autoridades e da sociedade.
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