25 de jul 2025
Governistas alertam sobre cobiça de Trump por terras raras no Brasil
Parlamentares criticam exploração de minerais brasileiros pelos EUA, enquanto Lula defende negociações e Alckmin busca evitar tarifas.

Donald Trump e sua cruzada ultraconservadora (Foto: Andrew Harnik/Getty Images)
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Parlamentares brasileiros manifestaram forte oposição ao interesse dos Estados Unidos na exploração de minerais estratégicos, como lítio e nióbio. O encarregado de negócios da embaixada americana em Brasília, Gabriel Escobar, revelou que a administração Trump busca acordos para aquisição desses recursos essenciais para tecnologia. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou que "ninguém põe a mão" nas reservas brasileiras sem uma negociação adequada.
O vice-líder do governo no Congresso, deputado Bohn Gass (PT-RS), criticou a cobiça americana, que se estende a diversos setores da economia, incluindo pix e petróleo. Ele destacou que apenas o bolsonarismo teria a audácia de renunciar à soberania nacional em favor de interesses externos. O ex-senador Roberto Requião (PDT-PR) também se manifestou, afirmando que o ex-presidente Trump deseja controlar as riquezas brasileiras, incluindo terras raras e petróleo.
Negociações em Andamento
O vice-presidente Geraldo Alckmin está à frente das negociações com os EUA, buscando evitar tarifas que poderiam prejudicar as exportações brasileiras. A imposição de novas taxas de 50% sobre produtos brasileiros está prevista para entrar em vigor em 1º de agosto. Interlocutores do governo brasileiro afirmaram que as empresas têm concessões da União para explorar e vender esses minerais, geralmente por meio de processos públicos.
O deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) anunciou que está considerando apresentar um projeto para garantir que a exploração de terras raras permaneça sob controle da União. Ele enfatizou a necessidade de debater a ingerência externa sobre os recursos naturais do Brasil, que são cruciais para o avanço científico e tecnológico global. A tensão entre Brasil e EUA se intensifica, refletindo a complexidade das relações bilaterais em um momento de crise.
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