25 de jul 2025
Justiça retira passaporte de proprietários de barragem em situação de emergência
Justiça eleva emergência da barragem B 1 e impõe sanções à Emicon, enquanto famílias em risco aguardam remoção.

Barragem B-1 da Emicon Mineração e Terraplenagem, em Brumadinho (Foto: ANM)
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A Justiça de Minas Gerais determinou, na última quinta-feira (24), medidas cautelares contra a Emicon Mineração e Terraplenagem, responsável pela barragem B-1 em Brumadinho. O nível de emergência da estrutura foi elevado de 1 para 2, um patamar abaixo do máximo, devido a pendências técnicas e descumprimento de obrigações.
Entre as medidas impostas estão a apreensão dos passaportes dos sócios da empresa e uma multa diária de R$ 5.000 para cada um até que as irregularidades sejam sanadas. A Agência Nacional de Mineração (ANM) identificou inconsistências nos documentos que garantem a segurança da barragem, como a falta de sistemas de alerta e monitoramento adequados.
Situação das Famílias
A situação é preocupante para as famílias que residem nas proximidades da Mina do Quéias. O prefeito de Brumadinho, Gabriel Parreiras, informou que seis famílias estão em áreas de risco, mas não há uma data definida para a remoção. A Defesa Civil realiza um levantamento das áreas afetadas.
O Ministério Público de Minas Gerais destacou que a Emicon tem descumprido obrigações desde outubro de 2024, criando um cenário alarmante de abandono. O juiz Pedro Henrique De Assis Crisafulli afirmou que a empresa tem violado normas ambientais e acordos com o MP-MG, ressaltando que Brumadinho não pode ser novamente palco de tragédias.
Medidas Emergenciais
Além das sanções aos sócios, a decisão judicial determina que recursos bloqueados para reparação de danos ambientais sejam utilizados em ações emergenciais na barragem. O juiz também solicitou à Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) e à ANM que indiquem, em até cinco dias, profissionais qualificados para implementar as medidas de segurança necessárias. A Emicon também enfrentará multa por litigância de má-fé devido ao descumprimento de ordens judiciais.
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