Agricultores alertam sobre riscos de operações de Trump à segurança alimentar dos EUA

A agricultura na Califórnia enfrenta uma crise devido às políticas de imigração do governo Trump, que intensificaram operações de fiscalização. Agricultores, como Lisa Tate, expressam preocupação com o impacto dessas ações na produção agrícola e na segurança alimentar do país. Tate, que administra fazendas na região de Ventura, relata que a presença de agentes de imigração nas propriedades gera um clima de medo entre os trabalhadores.

Cerca de 42% dos trabalhadores agrícolas na Califórnia não possuem autorização para trabalhar, segundo dados do Departamento de Agricultura. A escassez de mão de obra é um problema crescente, já que muitos americanos não se interessam por empregos que exigem longas jornadas sob condições adversas. Tate destaca que a retirada de trabalhadores imigrantes poderia paralisar a produção e elevar os preços dos alimentos, obrigando o país a depender de importações.

Medo e Insegurança

Os agricultores afirmam que as operações de imigração não resolvem os problemas do setor. Miguel, um trabalhador agrícola com 30 anos de experiência, observa que todos perdem com a atual abordagem do governo. Ele enfatiza que a agricultura é vital para a economia e que a falta de mão de obra afeta diretamente a disponibilidade de alimentos.

Silvia, uma trabalhadora que viu amigos serem presos, relata que o medo é constante. Ela teme ser separada de suas filhas, nascidas nos Estados Unidos, caso seja abordada por agentes de imigração. A insegurança permeia toda a cadeia alimentar, afetando motoristas, embaladores e vendedores.

Necessidade de Legislação Adequada

Os agricultores clamam por uma legislação que atenda às necessidades do setor, garantindo segurança para os trabalhadores. Tate afirma que é essencial criar um programa que funcione para todos, em vez de depender de permissões temporárias. A situação atual não apenas prejudica os trabalhadores, mas também compromete a produção agrícola e a segurança alimentar do país.

A pressão para encontrar soluções permanentes é crescente, e os agricultores pedem uma abordagem mais humana e eficaz para lidar com a mão de obra no campo.