27 de jul 2025
Conferência da ONU pressiona Israel e discute boicote dos EUA à Palestina
Conferência da ONU em Nova York enfrenta boicote de Israel e EUA enquanto França se prepara para reconhecer o Estado palestino em setembro.

Reunião do Conselho de Segurança da ONU em julho, em Nova York (Foto: Eskinder Debebe - 22.jul.25/UN Photo via Xinhua)
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As Nações Unidas realizam uma conferência em Nova York nesta segunda-feira (28) para discutir a solução de dois Estados no Oriente Médio, em meio à grave crise humanitária na Faixa de Gaza. O evento, presidido pela França e Arábia Saudita, busca avançar nas negociações, mas enfrenta resistência de Israel e dos Estados Unidos, que decidiram boicotar a reunião.
A conferência, que foi remarcada após tensões regionais, conta com a participação de diversos países, incluindo Brasil, Qatar, Canadá e União Europeia. O Brasil lidera um dos grupos de trabalho, ao lado do Senegal. Apesar da diversidade de participantes, a expectativa é de que o encontro resulte em poucas ações concretas, refletindo a paralisia da ONU em lidar com conflitos ativos.
Israel se opõe à conferência, argumentando que reconhecer um Estado palestino após os ataques do Hamas em outubro seria premiar o terrorismo. O primeiro-ministro Binyamin Netanyahu afirmou que isso criaria uma plataforma para ameaçar a segurança de Israel. As tensões entre Israel e a ONU aumentaram, com acusações mútuas sobre a ajuda humanitária em Gaza, onde a fome e a insegurança alimentar atingem níveis alarmantes.
Reconhecimento do Estado Palestino
A França anunciou que reconhecerá formalmente o Estado palestino durante a próxima Assembleia-Geral da ONU, em setembro. O chanceler francês, Jean-Noël Barrot, destacou que a conferência visa discutir o futuro de Gaza e preparar o reconhecimento do Estado palestino. Ele também mencionou que, pela primeira vez, países árabes condenarão o Hamas e pedirão seu desarmamento, buscando atrair mais apoio europeu para o reconhecimento da Palestina.
Atualmente, mais de 140 países reconhecem a Palestina, incluindo o Brasil e várias nações europeias. A França se destaca como o primeiro membro do G7 a tomar essa iniciativa, sinalizando uma mudança significativa nas relações internacionais em relação ao conflito israelense-palestino. A realização da conferência foi aprovada pela Assembleia-Geral da ONU em dezembro de 2024, com 157 votos favoráveis, apesar da oposição de países como Estados Unidos e Israel.
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