27 de jul 2025
Corrida global por armamentos atinge níveis recordes em meio a tensões internacionais
Gastos militares globais crescem, enquanto Brasil enfrenta crise no setor de defesa e perda de especialistas qualificados.

Caça F-35, da americana Lockheed Martin: supersônico de guerra invisível a radares (Foto: Nicolas Economou/NurPhoto/Getty Images)
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Gastos militares globais atingem recorde histórico, enquanto Brasil enfrenta desafios no setor de defesa
Nos primeiros seis meses de 2023, os gastos militares globais alcançaram 2,7 trilhões de dólares, o maior montante desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Esse aumento é impulsionado por tensões geopolíticas, como a guerra Rússia-Ucrânia e a pressão dos Estados Unidos sobre seus aliados.
O Brasil, que se destaca como fabricante de caças, como o Gripen F-39, enfrenta uma crise financeira no setor de defesa. Apesar do crescimento da indústria bélica nacional, o país lida com a escassez de recursos e a fuga de militares qualificados. O cargueiro militar KC-390, da Embraer, é um dos poucos sucessos, com vendas externas superando 1,8 bilhão de dólares em 2022.
A escalada nos gastos militares é global. A OTAN anunciou que seus 32 países-membros aumentarão os investimentos para 5% do PIB até 2035, totalizando cerca de 3 trilhões de dólares anuais. A França planeja dobrar seu orçamento militar até 2027, enquanto o Reino Unido destinará 15 bilhões de libras para modernizar suas forças armadas.
Mais de 100 países aumentaram seus orçamentos de defesa no último ano, um fenômeno não visto desde o fim da Guerra Fria. A China, por exemplo, expandiu seu arsenal nuclear de 350 para 650 ogivas, com planos de chegar a 1.500. A indústria bélica brasileira, com 235 empresas e um portfólio de 1.700 produtos, se beneficia desse cenário, mas enfrenta desafios internos significativos.
O ministro da Defesa, José Múcio, alertou sobre a situação crítica, afirmando que pode haver militares sem equipamentos adequados. A fuga de especialistas, especialmente na Marinha e na Aeronáutica, já é uma preocupação crescente. O Brasil, apesar de seus avanços, precisa enfrentar esses desafios para se manter relevante na corrida armamentista global.
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