28 de jul 2025
General recebe salário de R$ 35 mil, revela coluna do Estadão
General da reserva Mário Fernandes alega que plano de assassinato era apenas uma ideia e não foi compartilhado com outros. Defesa pede liberdade.

General Mário Fernandes, ex-comandante de Operações Especiais do Exército (Foto: Isac Nóbrega/PR)
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O general da reserva Mário Fernandes foi identificado como o autor de um plano para assassinar autoridades, incluindo o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes. O militar, que já foi secretário-executivo na gestão Bolsonaro, enfrenta graves acusações.
Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), Fernandes descreveu o chamado "Plano Punhal Verde e Amarelo" como um mero "pensamento digitalizado", que não foi compartilhado com ninguém. Ele afirmou que o documento, que foi impresso no Palácio do Planalto, era uma análise de riscos que ele decidiu digitalizar.
A defesa do general argumentou que ele não confessou ter um plano de assassinato e pediu a revogação da prisão preventiva, alegando que o documento não foi compartilhado com outros acusados. Os advogados solicitaram que o STF aplicasse as mesmas medidas cautelares impostas ao ex-presidente Bolsonaro, que atualmente usa tornozeleira eletrônica.
Além disso, Fernandes, que é réu na ação penal relacionada ao golpe de Estado, continua a receber um salário de R$ 35 mil do Exército. Mesmo que seja condenado e expulso, ele poderá manter parte desse valor em forma de pensão à família, uma prática conhecida como "morte ficta". Essa situação já ocorreu com outros militares expulsos por condenações, e o governo tentou encerrar o benefício, mas a proposta enfrenta resistência na Câmara dos Deputados.
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