28 de jul 2025
Venezuela é denunciada por Human Rights Watch por prisões de críticos do governo
Human Rights Watch denuncia manipulação do governo Maduro com libertação de presos políticos seguida de novas detenções de opositores.

Família chora por seu parente detido em protesto pós-eleitoral do lado de fora da prisão de Tocuyito, Venezuela (Foto: Jacinto OLIVEROS / AFP)
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A Venezuela continua a enfrentar uma grave crise política e de direitos humanos sob o governo de Nicolás Maduro, conforme denunciado pela Human Rights Watch (HRW). Em um relatório recente, a ONG destacou um padrão de "porta giratória", onde a libertação de presos políticos é seguida pela detenção de novos críticos do regime.
No dia 18 de julho de 2025, o governo venezuelano anunciou a libertação de 80 prisioneiros, incluindo 10 cidadãos americanos, em troca da soltura de 252 imigrantes venezuelanos deportados para El Salvador. No entanto, desde então, cerca de 40 opositores foram detidos, conforme informações do partido Vente Venezuela, liderado pela opositora María Corina Machado. A diretora da HRW para as Américas, Juanita Goebertus, criticou essa estratégia, afirmando que o governo manipula a situação para consolidar seu poder autoritário.
Condições de Detenção
A HRW também denunciou as condições desumanas enfrentadas pelos detidos, que incluem tortura e falta de acesso a advogados. Muitos prisioneiros são mantidos incomunicáveis e submetidos a audiências coletivas, comprometendo seus direitos legais. A ONG registrou casos de assassinatos de manifestantes e prisões arbitrárias, com acusações vagas que podem resultar em longas penas.
A comunidade internacional é instada a aumentar a pressão sobre o regime de Maduro e a apoiar a responsabilização pelos abusos. Goebertus enfatizou que a libertação de alguns presos é uma tática para manipular a percepção externa, enquanto o governo continua a reprimir a oposição. Um ano após as eleições de 2024, Maduro mantém controle sobre o Parlamento e a maioria das prefeituras, enquanto críticos como Edmundo González permanecem no exílio e Machado vive na clandestinidade.
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