29 de jul 2025
Gleisi critica tarifas de Trump e defende que 'soberania não se negocia'
Brasil enfrenta tensões comerciais com os EUA após sobretaxa de 50% em produtos. Ministra critica ingerência e busca diálogo.

Gleisi Hoffmann, Ministra de Secretaria de Relações Institucionais do Brasil (Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo)
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A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, denunciou uma sobretaxa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, alegando que a medida tem motivação política. A declaração foi feita durante um evento no Itamaraty, onde a ministra criticou as sanções unilaterais do governo americano, que, segundo ela, não têm justificativa objetiva. Hoffmann mencionou a carta do ex-presidente Donald Trump, que abordava o tratamento do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Judiciário brasileiro.
O governo brasileiro, sob a liderança do presidente Lula, busca um diálogo comercial, mas enfrenta dificuldades nas negociações. A ministra destacou a suspensão de vistos de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), incluindo Alexandre de Moraes, como uma forma de ingerência externa. A soberania do Brasil não se negocia, afirmou Gleisi, enfatizando que os crimes contra a democracia no país serão tratados conforme a Constituição.
Tentativas de Diálogo
O chanceler Mauro Vieira está em Nova York, aguardando um sinal da Casa Branca para um contato de alto nível. No entanto, interlocutores indicam que isso não deve ocorrer rapidamente, pois os principais assessores de Trump estão retornando dos compromissos na Escócia. Paralelamente, um grupo de senadores brasileiros está em Washington para tentar destravar as negociações com parlamentares e empresários americanos.
Gleisi reafirmou que o Brasil nunca se recusou a negociar acordos justos com os EUA. A ministra também ressaltou a importância do acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia, que pode ser assinado até o final do ano. Este acordo é visto como uma oportunidade estratégica para fortalecer a cooperação e o diálogo intercontinental, além de promover valores democráticos e padrões sustentáveis de produção.
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