Gleisi defende cassação de Eduardo e o acusa de crime de lesa-pátria

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, criticou duramente o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), chamando-o de "traíra" e pedindo sua cassação. A declaração ocorreu em meio ao aumento das tensões comerciais entre Brasil e Estados Unidos, após o anúncio de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, que devem entrar em vigor na próxima sexta-feira, 1º de agosto.

Gleisi afirmou que Eduardo está agindo contra os interesses do Brasil ao apoiar as sanções dos EUA, que considera motivadas politicamente. "É um traíra. Comete crime de lesa-pátria", declarou a ministra, enfatizando que ele não tem o direito de continuar como representante do povo brasileiro. A ministra também criticou as medidas unilaterais dos EUA, que, segundo ela, não têm justificativa objetiva e configuram sanções injustificáveis.

Tensão Diplomática

O governo brasileiro, sob a liderança do presidente Lula, busca reestabelecer o diálogo com os EUA, mas enfrenta dificuldades. O chanceler Mauro Vieira está em Nova York aguardando um sinal da Casa Branca para um contato de alto nível, enquanto um grupo de senadores brasileiros tenta destravar as negociações em Washington. Gleisi reafirmou que o Brasil não se recusa a negociar, mas não aceitará interferências externas em seus assuntos internos.

Além disso, a ministra mencionou a suspensão dos vistos de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) pelos EUA, reforçando que o Brasil defenderá sua soberania. "Os crimes contra a democracia serão processados conforme nossa Constituição", destacou. Gleisi também mencionou a importância do acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia, que pode ser assinado até o final do ano, como uma oportunidade de cooperação e crescimento.