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30 de jul 2025

França reconhece Palestina e gera novos desafios nas relações diplomáticas

França reconhecerá o Estado palestino na ONU em setembro, podendo influenciar políticas internacionais e o papel do Brasil no conflito.

Manifestantes protestam contra ofensiva de Israel em Gaza em frente à sede da ONU, em Nova York (Foto: Charly Triballeau - 28.jul.25/AFP)

Manifestantes protestam contra ofensiva de Israel em Gaza em frente à sede da ONU, em Nova York (Foto: Charly Triballeau - 28.jul.25/AFP)

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Em um anúncio significativo, o presidente francês Emmanuel Macron confirmou que a França reconhecerá o Estado palestino durante a Assembleia-Geral da ONU em setembro. Essa decisão, que remete à tradição da diplomacia francesa, visa apoiar a solução de dois Estados, um conceito defendido desde a era de De Gaulle.

Três especialistas em Oriente Médio, incluindo o ex-chanceler Hubert Védrine, o professor Henry Laurens e o historiador Justin Vaïsse, destacam que a decisão de Macron pode ter um impacto imediato nas políticas internacionais. Laurens sugere que a posição da França pode influenciar o primeiro-ministro britânico Keir Starmer, que também considera reconhecer a Palestina, dependendo da evolução do conflito Israel-Hamas.

A crítica de Binyamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, à decisão de Macron, que ele considera um "presente ao Hamas", é contestada pelos especialistas. Védrine afirma que a criação de um Estado palestino beneficiaria a Autoridade Palestina, enquanto Vaïsse ressalta que a maioria silenciosa em ambos os lados clama por paz.

Contexto Histórico

A decisão de Macron é vista como um retorno à tradição diplomática da França, que já havia sido expressa por Charles de Gaulle em 1967. Védrine recorda que, em 1982, François Mitterrand foi o primeiro a mencionar um Estado palestino no Parlamento israelense. A posição de Macron, segundo os especialistas, busca reverter uma tendência de silêncio sobre o tema nos últimos anos.

Além disso, a França, ao lado da Arábia Saudita, organizou uma conferência internacional em Nova York para discutir a solução de dois Estados. Vaïsse acredita que a Arábia Saudita pode desempenhar um papel crucial na mediação do conflito, especialmente após a radicalização da opinião pública árabe em resposta à crise em Gaza.

Implicações Futuras

A decisão de Macron pode não apenas moldar a política europeia, mas também influenciar o papel do Brasil e de outros países do Sul Global no conflito. Laurens observa que a solução pode levar décadas, comparando-a a processos históricos de resolução de conflitos. A expectativa é que a diplomacia internacional se intensifique, especialmente com a pressão crescente por um cessar-fogo e a necessidade de um diálogo renovado entre as partes envolvidas.

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