31 de jul 2025
Agência ambiental dos EUA nega que gases de efeito estufa sejam risco à saúde pública
A revogação da declaração de risco climático pela EPA pode intensificar a poluição e reverter avanços na proteção ambiental nos EUA

Lee Zeldin, administrador da EPA, em 24 de julho na Cidade do México. (Foto: Raquel Cunha/REUTERS)
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A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA), sob a liderança de Lee Zeldin, anunciou a revogação da declaração de risco climático de 2009, que reconhecia os gases de efeito estufa como uma ameaça à saúde pública. Essa mudança representa um desvio significativo das políticas ambientais implementadas durante as administrações de Barack Obama e Joe Biden.
A declaração de 2009 foi um marco na luta contra o aquecimento global, permitindo que as administrações democratas estabelecessem limites rigorosos para as emissões de poluentes de veículos e indústrias. Zeldin, em um evento em Indianápolis, afirmou que a revogação "cravaria um punhal no coração da religião do clima", refletindo a postura da administração republicana em relação ao que consideram ideologias "woke".
A proposta de revogação é vista como a maior ação de desregulamentação na história dos Estados Unidos, segundo Zeldin. Se confirmada, dificultará o controle da poluição proveniente da queima de combustíveis fósseis, alinhando-se à filosofia de "perfurar, baby, perfurar" defendida por Donald Trump. A revogação também eliminaria os limites de emissões para veículos, o que pode agradar a grupos de caminhoneiros que apoiaram Trump nas eleições.
Grupos ambientalistas, como a National Wildlife Federation, expressaram preocupação com a decisão. A cientista chefe da organização, Diane Pataki, destacou que a revogação contradiz o mandato da EPA de proteger a saúde pública e ignoraria décadas de evidências científicas sobre a crise climática. A mudança de postura da administração, que antes minimizava a ameaça do aquecimento global, agora nega abertamente a evidência científica.
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