Deputados consideram novo plenário após ocupação por aliados de Bolsonaro
Câmara dos Deputados pode adotar votação remota para contornar obstrução da oposição e retomar atividades legislativas essenciais

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, em Brasília, em 02/04/2025 (Foto: Ueslei Marcelino/Reuters)
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Líderes da base do governo federal se reuniram com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), nesta quarta-feira (6) para discutir a abertura de um plenário alternativo. A proposta surge em resposta à ocupação do plenário por deputados da oposição, que protestam contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro. Desde a manhã de terça-feira (5), os opositores ocupam a Mesa Diretora, dificultando a realização das sessões.
Caso a oposição não desocupe a Mesa, a nova sessão poderá contar com registro de presença e votação remota. A Câmara possui 16 plenários de comissões, além do principal, onde está a Mesa Diretora. Durante a reunião, Motta não descartou a possibilidade de implementar essa alternativa, que visa demonstrar que a obstrução não impede o funcionamento da Casa.
Os deputados da oposição, que pernoitaram na Câmara, se reúnem com Motta para discutir a situação. A obstrução já impediu a realização de uma sessão marcada para esta terça, afetando pautas importantes para o governo, como a proposta de ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil.
Medidas de Punição
Motta também anunciou que deputados que continuarem a obstruir as sessões poderão ser suspensos por até seis meses. Essa medida é uma resposta à resistência dos bolsonaristas, que exigem a votação de um projeto de lei que conceda anistia a Bolsonaro e a outros condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023. O líder da oposição, Lindbergh Farias (PT-RJ), alertou que a continuidade da obstrução pode resultar em punições severas.
Apesar do apoio à obstrução por alguns partidos, a maioria dos líderes concordou em retomar as atividades legislativas. Uma nova sessão está agendada para esta quarta-feira, às 20h30. A pressão dos bolsonaristas continua, com exigências de anistia e impeachment de ministros do STF, mas a Câmara busca retomar sua normalidade.
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