Stablecoins alcançam US$ 250 bilhões e atraem atenção de bancos e reguladores

As stablecoins superaram a marca de US$ 250 bilhões em capitalização de mercado nesta segunda-feira, 2 de junho. Esse crescimento é impulsionado por iniciativas governamentais e o interesse de grandes instituições financeiras em desenvolver suas próprias moedas digitais. Atualmente, a capitalização total do segmento é de US$ 250,7 bilhões, com US$ 245,6 bilhões concentrados em stablecoins atreladas ao dólar.

O mercado de stablecoins, que já apresenta um crescimento significativo, pode se expandir mais de dez vezes nos próximos cinco anos, segundo analistas. A previsão da Citizens JMP Securities é que a capitalização alcance mais de US$ 3 trilhões até 2030. O Citi Institute estima um potencial mínimo de US$ 1,6 trilhão e até US$ 3,7 trilhões no mesmo período.

Avanços Regulatórios

O avanço de um projeto de regulamentação para stablecoins nos Estados Unidos, apoiado pelo governo do presidente Donald Trump, é um dos principais fatores que podem acelerar esse crescimento. A expectativa é que a legislação seja aprovada ainda no segundo semestre de 2025. Trump já elogiou as stablecoins, afirmando que elas são essenciais para manter a hegemonia do dólar como moeda internacional.

Além dos EUA, iniciativas regulatórias estão sendo implementadas em outras regiões, como a MiCA na Europa e novas estruturas em Singapura. Essas regulamentações devem facilitar a adoção institucional das stablecoins, aumentando sua utilização em transações como remessas e pagamentos entre empresas.

O Papel das Instituições Financeiras

Grandes instituições financeiras, como JPMorgan, Citi e Bank of America, estão explorando a criação de suas próprias stablecoins. No Brasil, o BTG Pactual já lançou o BTG Dol, enquanto o Itaú considera desenvolver uma moeda digital própria. O Mercado Livre e o PayPal também estão investindo em stablecoins, com lançamentos recentes.

Atualmente, a USDT, da Tether, lidera o mercado com uma capitalização de US$ 153 bilhões, seguida pela USDC, da Circle, com US$ 60 bilhões. A crescente popularidade das stablecoins reflete seu potencial como uma alternativa de valor e proteção contra a inflação, além de sua utilidade em um mercado financeiro cada vez mais digital.