09 de jul 2025
Trump decide investir em foguetes e estações espaciais essenciais para a Europa
Congresso dos EUA aprova financiamento de $6,6 bilhões para projetos espaciais, mas missões científicas da NASA enfrentam cortes severos.

Um foguete SLS da NASA na plataforma de lançamento do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, em 2022. (Foto: Joel Kowsky / NASA)
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O Congresso dos EUA aprovou um financiamento de $2,6 bilhões para o projeto lunar Gateway e $4 bilhões para o Space Launch System (SLS), revertendo cortes propostos pela administração Trump. Essa decisão assegura a continuidade de importantes iniciativas de exploração espacial.
O financiamento do Gateway, uma futura estação espacial que orbitará a Lua, envolve a colaboração da Agência Espacial Europeia (ESA), Canadá, Japão e Emirados Árabes Unidos. A nova legislação representa uma mudança significativa em relação à proposta anterior de Trump, que previa o cancelamento do projeto e a exclusão de parceiros internacionais.
O SLS é essencial para a missão que enviará a primeira mulher astronauta à Lua em 2027. A nova lei garante pelo menos dois voos adicionais além das missões Artemis 2 e 3, que já estavam programadas. A reviravolta no financiamento é vista como uma vitória para os representantes de estados com forte ligação ao programa espacial, que enfrentavam demissões em massa.
Impacto na Europa e na NASA
A Europa se beneficia diretamente dessa mudança, já que muitos programas conjuntos estavam ameaçados. A ESA, responsável pela construção de módulos habitacionais e de armazenamento para o Gateway, agora vê suas contribuições asseguradas. Além disso, o financiamento de $1,2 bilhão para a Estação Espacial Internacional (ISS) até 2029 é crucial para manter a presença europeia no espaço.
Entretanto, as missões científicas da NASA enfrentam cortes severos, com a proposta de Trump reduzindo drasticamente o orçamento destinado a projetos de exploração robótica. O senador Ted Cruz, do Texas, teve um papel fundamental na aprovação dos novos fundos, buscando evitar demissões em seu estado.
A situação da NASA é complexa, especialmente após a saída de Jared Isaacman, que havia sido nomeado por Trump e tinha laços com Elon Musk. A nova legislação reflete uma mudança de prioridades na exploração espacial dos EUA, focando em missões tripuladas e deixando em segundo plano a pesquisa científica. O futuro das missões científicas da NASA permanece incerto, enquanto a disputa entre Trump e Musk se intensifica.
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