13 de mai 2025
Garimpeiros ameaçam agentes em Humaitá durante operação contra garimpo ilegal
Garimpeiros em Humaitá ameaçam retaliar contra a Polícia Federal e o Ibama durante operações, planejando confusão nas festas de aniversário da cidade.
Foto:Reprodução
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Garimpeiros que atuam na extração ilegal de ouro no rio Madeira, em Humaitá, Amazonas, planejam retaliar contra agentes da Polícia Federal (PF) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). As ameaças surgem em meio a operações de combate ao garimpo ilegal, com mensagens que incitam violência e prometem motins durante as festividades de aniversário da cidade, que completa 155 anos no dia 15 de maio.
Os garimpeiros utilizam grupos de WhatsApp para compartilhar informações sobre as operações e a movimentação das viaturas. Em uma das mensagens, um deles afirma: "Tá na hora de meter bala nesses arrombados aí." Outro sugere reunir forças no rio Beem para atacar os agentes. Um terceiro menciona cercar os policiais e impedir sua saída. As mensagens revelam um clima de tensão crescente na região.
As festividades em Humaitá, que começam nesta terça-feira, incluem uma série de eventos e shows. Contudo, os garimpeiros afirmam que a festa acabou, com um deles dizendo: "Se tentarem entrar no Beem, vamos meter todo tipo de barco em cima deles." A situação é alarmante, especialmente após confrontos anteriores entre garimpeiros e agentes da PF, que resultaram na destruição de dragas e na detenção de quatorze pessoas.
Conflitos Anteriores
Em agosto do ano passado, um confronto direto ocorreu no centro de Humaitá, quando garimpeiros atacaram agentes da PF após uma operação que destruiu equipamentos de garimpo. A Polícia Militar foi acionada para controlar a situação, que incluiu o lançamento de rojões e a queima de 223 balsas de garimpo ilegal nos rios da região.
As operações do Ibama e da PF visam desmantelar as atividades ilegais que causam danos ambientais significativos, como a contaminação de rios com mercúrio. Em fevereiro, o Ministério Público Federal iniciou investigações sobre a presença de garimpeiros nas redes sociais, questionando a manutenção de contas que promovem atividades ilegais.
A situação em Humaitá destaca a complexidade do combate ao garimpo ilegal na Amazônia, onde a presença de garimpeiros é histórica e as tensões entre eles e as autoridades continuam a crescer.
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