Copacabana renasce como um espaço plural e vibrante com o 'Cantinho da Alegria'

Redescobrindo Copacabana

Copacabana, um dos bairros mais icônicos do Rio de Janeiro, é palco de memórias e histórias que se entrelaçam com a cultura brasileira. O autor, em seu novo livro "Tá na História Brasil", compartilha suas redescobertas sobre o local, incluindo a fascinante história do navio San Martin e o legado de Madame Louise.

O San Martin, um cargueiro francês, encalhou em Copacabana em 1918, durante a Primeira Guerra Mundial. O navio, que partiu de Buenos Aires com destino à Europa, transportava milho e se perdeu ao longo do trajeto. Acredita-se que o capitão, embriagado, confundiu as luzes do Morro da Babilônia com o sinal de entrada da baía. O encalhe resultou em uma forte ressaca que partiu o casco ao meio, gerando uma disputa entre autoridades da Saúde Pública e da Marinha por décadas. A explosão dos destroços só ocorreu em 1968, atraindo uma multidão curiosa.

O Legado de Madame Louise

Na mesma região, a história de Madame Louise Chabas se destaca. Em 1903, ela inaugurou o restaurante Mère Louise, que rapidamente se tornou um ponto de encontro sofisticado. Com a compra do imóvel pela cervejaria Brahma em 1911, o local se transformou em cassino, atraindo uma clientela entusiasmada. Madame Louise, apesar de seu sucesso, teve um fim trágico, morrendo em um asilo em 1918, esquecida.

O autor reflete sobre sua relação com Copacabana, destacando a importância de revisitar lugares e experiências. Ele menciona como a praia, apesar de seus problemas, continua a ser um espaço vibrante e cheio de vida. O lançamento de seu livro, que ocorrerá hoje, às 19h, na Livraria da Travessa, no Leblon, promete trazer à tona mais histórias que moldaram a identidade do Brasil.