Cientistas descobrem causa da morte de 5 bilhões de estrelas-do-mar

Cientistas desenvolvem estratégias para restaurar estrelas do mar e florestas de algas após epidemia devastadora no Pacífico

Na foto, fornecida pelo Hakai Institute, a pesquisadora Alyssa Gehman, do Hakai Institute, conta e mede estrelas-do-mar-girassol no canal Burke, na costa central da Colúmbia Britânica, no Canadá, em 2023. (Foto: Bennett Whitnell/Hakai Institute via AP)

Na foto, fornecida pelo Hakai Institute, a pesquisadora Alyssa Gehman, do Hakai Institute, conta e mede estrelas-do-mar-girassol no canal Burke, na costa central da Colúmbia Britânica, no Canadá, em 2023. (Foto: Bennett Whitnell/Hakai Institute via AP)

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Cientistas identificam bactéria responsável pela morte de estrelas-do-mar no Pacífico

Cientistas finalmente desvendaram a causa da morte de mais de 5 bilhões de estrelas-do-mar ao longo da costa do Pacífico da América do Norte, um fenômeno que se estendeu por uma década. A bactéria Vibrio pectenicida foi identificada como o agente causador da doença que provocou a decomposição dos tecidos desses animais marinhos, afetando mais de 20 espécies.

A epidemia, que começou em 2013, resultou em uma mortandade em massa de estrelas-do-mar, especialmente da espécie girassol, que perdeu cerca de 90% de sua população nos primeiros cinco anos. A ecologista marinha Alyssa Gehman, do Hakai Institute, destacou que a doença causa lesões e perda de braços nas estrelas saudáveis, tornando a situação alarmante.

Impactos no Ecossistema

A descoberta da bactéria abre novas possibilidades para a recuperação das populações de estrelas-do-mar e das florestas de algas marinhas, essenciais para o ecossistema. Com a diminuição das estrelas-do-mar, a população de ouriços-do-mar aumentou drasticamente, resultando no colapso de cerca de 95% das florestas de algas do norte da Califórnia. Essas florestas são comparadas às "florestas tropicais dos oceanos", servindo como habitat para diversas espécies marinhas.

Os pesquisadores agora planejam testar a saúde de indivíduos de estrelas-do-mar e considerar estratégias de relocação e reprodução em cativeiro. Além disso, a possibilidade de usar probióticos para aumentar a resistência à doença será investigada. A microbiologista marinha Rebecca Vega Thurber ressaltou a importância dessas descobertas para a saúde dos oceanos.

Caminhos para a Recuperação

O processo de identificação da bactéria levou mais de uma década, com várias hipóteses sendo testadas. Inicialmente, acreditava-se que um vírus poderia ser o responsável, mas investigações mais profundas revelaram que o fluido celômico das estrelas-do-mar saudáveis continha a bactéria causadora. A complexidade de rastrear doenças em ambientes marinhos foi um desafio significativo para os cientistas.

Com a nova compreensão sobre a causa da epidemia, os pesquisadores estão otimistas quanto à possibilidade de restaurar as populações de estrelas-do-mar e, consequentemente, revitalizar as florestas de algas marinhas. A recuperação dessas espécies é vital não apenas para a biodiversidade, mas também para a saúde geral do ecossistema marinho.

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