CotidianoMeio Ambiente

13 de ago 2025

Cientistas descobrem nova espécie que pode elucidar origem do ser humano

Nova espécie de australopiteco descoberta na Etiópia revela complexidade da evolução humana e coexistência de linhagens de hominídeos na região

A investigadora Kaye Reed (à esquerda), no local onde apareceu o primeiro dente em Ledi-Geraru (Etiópia), em 14 de fevereiro de 2018. (Foto: ASU)

A investigadora Kaye Reed (à esquerda), no local onde apareceu o primeiro dente em Ledi-Geraru (Etiópia), em 14 de fevereiro de 2018. (Foto: ASU)

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Pesquisadores anunciaram a descoberta de uma nova espécie de australopiteco na região de Afar, na Etiópia. A equipe, liderada pela paleoantropóloga Kaye Reed, identificou dentes fossilizados que datam de aproximadamente 2,63 milhões de anos. O achado, realizado em 2018 por Omar Abdulla, foi publicado na revista Nature e desafia a visão tradicional da evolução humana.

Os dentes foram encontrados em um local conhecido como Ledi-Geraru, onde Abdulla, um caçador de fósseis, gritou ao encontrar um dente fossilizado. Após sua morte em 2021, a pesquisa sobre os dentes prosseguiu, revelando características morfológicas que não se encaixam nas espécies conhecidas. Os pesquisadores acreditam que esses dentes pertencem a uma nova espécie de australopiteco que coexistiu com os primeiros humanos.

Coexistência de Linhagens

A pesquisa sugere que, há três milhões de anos, apenas o gênero Australopithecus existia na região, mas, por volta de 2,5 milhões de anos, três gêneros estavam presentes: Australopithecus, Paranthropus e Homo. Os cientistas encontraram uma dezena de dentes, que apresentam variações morfológicas significativas. Reed e sua equipe defendem que esses achados indicam a coexistência de múltiplas linhagens de hominídeos na Etiópia.

No entanto, a descoberta gerou controvérsias entre especialistas. O paleoantropólogo Tim White questiona a validade da nova espécie, sugerindo que os dentes podem ser de Australopithecus afarensis, a mesma espécie de Lucy. Outros pesquisadores, como Marina Martínez de Pinillos e Leslea Hlusko, também expressaram ceticismo, afirmando que as variações dentárias podem ser resultado de adaptações locais.

Implicações para a Evolução Humana

A pesquisa de Reed não apenas ilumina a complexidade da evolução humana, mas também sugere que múltiplas linhagens coexistiram na Etiópia. A diretora do CENIEH, María Martinón, destaca que a evolução dos ancestrais humanos foi um processo não linear, com a possibilidade de coexistência de diferentes gêneros adaptados a nichos ecológicos variados.

Os dentes fossilizados representam um avanço significativo na compreensão da evolução humana, embora a controvérsia sobre sua classificação persista. A pesquisa ressalta a importância de novas descobertas fósseis para elucidar a complexidade da história evolutiva dos hominídeos.

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