CotidianoMeio Ambiente

12 de ago 2025

Pesquisadores brasileiros identificam nova espécie de peixe pré-histórico na Antártica

Nova espécie de peixe pré histórico revela clima mais quente na Antártica durante o Cretáceo e contribui para estudos sobre mudanças climáticas atuais

Peixe pré-histórico: reconstrução artística da espécie e da fauna da Formação Snow Hill Island. (Foto: Divulgação/Revista Nature/Maurilio Oliveira)

Peixe pré-histórico: reconstrução artística da espécie e da fauna da Formação Snow Hill Island. (Foto: Divulgação/Revista Nature/Maurilio Oliveira)

Ouvir a notícia

Pesquisadores brasileiros identificam nova espécie de peixe pré-histórico na Antártica - Pesquisadores brasileiros identificam nova espécie de peixe pré-histórico na Antártica

0:000:00

Pesquisadores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) descobriram uma nova espécie de peixe pré-histórico, o Antarctichthys longipectoralis, na Península Antártica. A descoberta foi publicada na revista Nature e revela um clima mais quente na região durante o Cretáceo, entre 145 e 66 milhões de anos atrás.

O fóssil, considerado o mais bem preservado encontrado na Antártica, foi localizado na Formação Snow Hill Island durante uma expedição do projeto Paleoantar, realizada no verão de 2018/2019. O processo de pesquisa durou cinco anos e incluiu a reconstituição tridimensional do espécime, que media entre 8 e 10 centímetros. A técnica de microtomografia, semelhante à tomografia médica, permitiu a visualização interna do fóssil sem danificá-lo, resultando em mais de 2 mil imagens que foram integradas para criar um modelo detalhado.

Importância da Descoberta

A bióloga Valéria Gallo, professora da Uerj, destaca que a Antártica, atualmente uma região gelada, já foi um ambiente rico em florestas e vida marinha. Essa descoberta é crucial para entender a evolução da vida no hemisfério sul e as conexões históricas que moldaram a biodiversidade atual. Gallo afirma que a presença do fóssil indica que a Península Antártica tinha um clima mais quente e uma biodiversidade maior durante o Cretáceo.

O estudo reforça a relevância da análise de fósseis de flora e fauna, que podem servir como referência para prever como os organismos reagirão ao aquecimento global atual. A pesquisa contribui para o desenvolvimento de estratégias de conservação, especialmente em tempos de mudanças climáticas aceleradas.

Descubra mais com asperguntas relacionadas
crie uma conta e explore as notícias de forma gratuita.acessar o meu tela

Perguntas Relacionadas

Participe da comunidadecomentando
Faça o login e comente as notícias de forma totalmente gratuita
No Portal Tela, você pode conferir comentários e opiniões de outros membros da comunidade.acessar o meu tela

Comentários

Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.

Meu Tela

Priorize os conteúdos mais relevantes para você

Experimente o Meu Tela

Crie sua conta e desbloqueie uma experiência personalizada.


No Meu Tela, o conteúdo é definido de acordo com o que é mais relevante para você.

Acessar o Meu Tela