14 de ago 2025
Amazônia pode evitar colapso com ações eficazes de conservação, aponta estudo
Pesquisadores alertam para a urgência de ações coordenadas para evitar colapsos ecológicos na Amazônia e garantir sua recuperação

Vista aérea da Amazônia — Foto: Divulgação/ Imagem de Drone/Amazônia
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Pesquisadores do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) afirmam que a recuperação do bioma amazônico ainda é viável, desde que sejam implementadas medidas urgentes e coordenadas de conservação. O estudo, publicado na revista “Annual Review of Environment and Resources”, destaca que não há evidências de um único ponto de não retorno climático para a Amazônia, mas sim múltiplos riscos de colapsos ecológicos.
Os cientistas alertam que a combinação de desmatamento, mudanças climáticas, perda de fauna e incêndios florestais pode levar a diferentes tipos de colapso em várias regiões. O pesquisador Paulo Brando, que liderou a pesquisa, enfatiza que a ideia de um ponto de não retorno pode influenciar políticas públicas, mas também pode gerar um sentimento de fatalismo. Ele defende que é crucial comunicar as incertezas e as possibilidades de ação para evitar um futuro sombrio.
Efeito Martelo e Resiliência
Outro conceito abordado é o “efeito martelo”, que se refere à pressão excessiva sobre os ecossistemas, resultando na perda de biodiversidade. Brando ressalta que, mesmo sob essa pressão, as florestas ainda apresentam alta resiliência. A recuperação é possível, especialmente em áreas com cobertura vegetal contínua e apoio das comunidades locais.
A bióloga Joice Ferreira, da Embrapa, reforça que, apesar das incertezas sobre um possível ponto de não retorno, a ação imediata é essencial. O estudo propõe estratégias interligadas, como a redução do desmatamento, restauração de paisagens e fortalecimento de políticas públicas, além da cooperação com povos indígenas para a conservação.
Compromisso Político
A pesquisadora Liana Anderson, do Cemaden, destaca a necessidade de remover a pressão humana sobre o bioma. O estudo conclui com um apelo por um compromisso político duradouro, essencial para garantir a sobrevivência da Amazônia. A mensagem é clara: é preciso agir agora para evitar danos irreversíveis à floresta.
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