CotidianoMeio Ambiente

14 de ago 2025

Negociações em Genebra revelam impasse no tratado global contra poluição plástica

Negociações em Genebra enfrentam impasse crítico, com países em conflito sobre limites à produção de plástico e urgência por um tratado eficaz

Comprar menos plástico é uma das medidas para serem adotadas contra o aquecimento global (Foto: Reprodução/EPTV)

Comprar menos plástico é uma das medidas para serem adotadas contra o aquecimento global (Foto: Reprodução/EPTV)

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As negociações para o primeiro tratado global contra a poluição por plásticos enfrentam um impasse crítico em Genebra. Desde o início das discussões, em 2022, representantes de quase 180 países tentam estabelecer um acordo juridicamente vinculante até 2025. No entanto, divergências profundas entre nações produtoras e defensoras de limites à produção dificultam o progresso.

Na quarta-feira, 13 de agosto, uma versão do texto de trabalho foi rejeitada, gerando frustração entre países como Panamá, Quênia e Reino Unido, que criticaram a exclusão de artigos essenciais sobre o ciclo completo da poluição plástica. O Panamá classificou a proposta como "repulsiva", exigindo uma reformulação total.

Divergências e Pressões

O principal ponto de discórdia gira em torno da limitação da produção de plástico virgem. Enquanto países produtores de petróleo, gás e carvão resistem a restrições, a União Europeia e Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento (PEID) pressionam por um controle mais rigoroso. O Iraque sinalizou disposição para flexibilizar sua posição, mas a Arábia Saudita condicionou qualquer acordo à definição clara do escopo do tratado.

O ministro norueguês do Clima e Meio Ambiente, Andreas Bjelland Eriksen, copreside um grupo que busca um "pacote equilibrado". Em contraste, a ministra francesa da Transição Ecológica, Agnès Pannier-Runacher, admitiu a possibilidade de concessões sobre a atualização da lista de produtos químicos nocivos. O parlamentar colombiano Juan Carlos Loazada enfatizou que "nenhum acordo seria melhor do que um acordo diluído".

Mobilização e Urgência

Enquanto as negociações prosseguem, organizações ambientais protestam do lado de fora, clamando por um tratado robusto. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) alerta que, sem ação, a produção global de plástico pode triplicar até 2060, exacerbando crises ambientais e de saúde. O presidente da America's Plastic Makers, Ross Eisenberg, expressou otimismo quanto a um pacto global, embora sem aceitar limites de produção.

O encontro em Genebra, que se estende até 15 de agosto, é crucial para redigir um tratado que aborde a poluição plástica, ameaçando ecossistemas e a saúde humana. O diplomata equatoriano Luis Vayas Valdivieso, que preside as negociações, destacou a poluição plástica como uma "crise mundial", ressaltando a responsabilidade de todos os Estados em agir.

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