CotidianoMeio Ambiente

15 de ago 2025

Negacionistas mudam foco e atacam economia em vez de ciência, afirmam especialistas

Al Gore e André Corrêa do Lago debatem inclusão e negacionismo econômico antes da COP30, destacando desafios nas negociações climáticas

Al Gore e André Corrêa do Lago durante encontro no Rio de Janeiro. (Foto: Lia Rizzo/Exame)

Al Gore e André Corrêa do Lago durante encontro no Rio de Janeiro. (Foto: Lia Rizzo/Exame)

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Uma reunião no Rio de Janeiro, realizada na sexta-feira, 15, trouxe à tona questões cruciais sobre mudanças climáticas. O ex-vice-presidente dos Estados Unidos, Al Gore, e o embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30, discutiram a evolução do negacionismo econômico e a importância da inclusão de diversos grupos nas negociações climáticas.

Gore destacou a complexidade da desinformação atual, afirmando que "estamos vivendo um momento muito estranho". Ele expressou preocupação com a nova fase do negacionismo, que, segundo ele, agora se concentra em retratar a preocupação com o clima como prejudicial à economia e aos empregos. Corrêa do Lago complementou que, enquanto antes o foco era questionar o consenso científico, hoje a narrativa se voltou para a suposta incompatibilidade entre economia e ações climáticas.

Preparativos para a COP30

Durante o encontro, Corrêa do Lago detalhou os preparativos para a COP30, que ocorrerá em novembro em Belém. Ele mencionou a criação de círculos de trabalho, incluindo um círculo de discussão ética, idealizado pela ministra Marina Silva, para abordar a abundância de dados climáticos disponíveis atualmente. Outros círculos incluem ex-presidentes de COPs e ministros de finanças, visando integrar as decisões climáticas à economia global.

O embaixador enfatizou a necessidade de transformar a nova economia, onde as preocupações climáticas sejam consideradas naturais. "Precisamos transformar esta nova economia", afirmou, recebendo aplausos da plateia. Gore elogiou o trabalho da presidência brasileira e mencionou a importância de Belém como sede da conferência, garantindo que a cidade está se preparando para receber as delegações internacionais.

Desafios e Oportunidades

Um dos principais desafios identificados por Gore e Corrêa do Lago é a implementação efetiva das decisões das conferências anteriores. O ex-vice-presidente lembrou do recente fracasso nas negociações do Tratado do Plástico, que não alcançou consenso devido à pressão de países produtores de petróleo. Corrêa do Lago ressaltou a importância de criar alianças construtivas para avançar nas questões climáticas.

Gore, que está no Brasil para liderar um treinamento de ativistas climáticos, também participou de um encontro no BNDES, onde discutiu o modelo brasileiro de mobilização de capital privado. Ele destacou a atuação do BNDES em momentos de crise, mencionando investimentos significativos em recuperação ambiental.

O encontro entre Gore e Corrêa do Lago reflete a urgência e a complexidade das discussões climáticas atuais, com um foco crescente na inclusão e na colaboração entre diferentes setores da sociedade.

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