Solução climática de Al Gore revela avanços surpreendentes para o futuro sustentável

Al Gore, ex-vice-presidente dos EUA e ativista climático, enfatizou a urgência de eliminar combustíveis fósseis durante sua visita ao Rio de Janeiro, onde participou de um treinamento de novas lideranças climáticas. O evento antecede a COP30, marcada para novembro, e Al Gore vê o Brasil como um potencial líder nas negociações climáticas, apesar das pressões internas para explorar petróleo.

Durante sua fala, Gore recordou sua participação na Eco-92, onde se discutiu a crise climática. Ele criticou a influência da indústria fóssil nas negociações, afirmando que mais de 80% do problema climático provém da queima de carvão, petróleo e gás. O ex-vice-presidente destacou que foram necessários 28 encontros para que a expressão "combustível fóssil" fosse mencionada nas discussões climáticas.

Brasil em Foco

O Brasil enfrenta um dilema: enquanto é pressionado a liderar a transição energética, o governo, sob Luiz Inácio Lula da Silva, busca avançar com a exploração de petróleo na Foz do Amazonas. Em junho, durante a pré-COP em Bonn, o embaixador André Corrêa do Lago recebeu uma carta de mais de 250 cientistas, pedindo uma postura mais firme do Brasil na eliminação dos combustíveis fósseis.

Al Gore elogiou a matriz energética brasileira, que é composta por 50% de fontes fósseis, e ressaltou que o país possui abundância de energias renováveis e biodiversidade. Ele acredita que o Brasil pode desempenhar um papel crucial na COP30, reafirmando seu compromisso com a transição energética.

Desafios e Oportunidades

Apesar do otimismo de Gore, ele expressou preocupação com a resistência à mudança, citando a recente falha nas negociações sobre plásticos em Genebra como um sinal do poder da indústria fóssil. O ex-vice-presidente também mencionou que a inação climática pode custar até 18% do PIB mundial até 2040, destacando a necessidade urgente de ação.

Gore finalizou sua visita com um apelo à ação, afirmando que a transição energética é essencial e que o Brasil deve aproveitar sua posição de anfitrião para liderar a agenda climática global. Ele acredita que, apesar dos desafios, o país pode encontrar soluções inovadoras e se tornar um exemplo para o mundo.