- A Colossal Biosciences anunciou o nascimento de três filhotes de lobo pré-histórico, uma espécie extinta há cerca de 12.500 anos.
- O processo de desextinção envolveu a extração de DNA de fósseis e a modificação genética de células de lobos existentes.
- Os filhotes são considerados 99,9% equivalentes a lobos, com algumas características do lobo-terrível.
- A empresa também trabalha na desextinção do tilacino e do mamute-lanoso, visando restaurar a biodiversidade.
- O tilacino foi extinto no início do século XX, e o mamute-lanoso desapareceu há aproximadamente 4 mil anos.
A Colossal Biosciences anunciou o nascimento de três filhotes de lobo pré-histórico, uma espécie extinta há cerca de 12.500 anos. Este marco representa um avanço significativo na pesquisa sobre desextinção, com o objetivo de restaurar a biodiversidade perdida. O processo envolveu a extração de DNA de fósseis e a comparação com genomas de lobos, chacais e raposas, resultando em células de lobo-cinzento geneticamente modificadas.
Os filhotes são descritos como 99,9% equivalentes a lobos, com algumas características do lobo-terrível. Raúl González Ittig, professor da Universidade Nacional de Córdoba, destacou que esses animais não são uma nova espécie, mas sim uma versão modificada de lobos existentes. Além do lobo pré-histórico, a Colossal Biosciences também investiga a desextinção do tilacino e do mamute-lanoso.
Projetos em Andamento
O tilacino, ou lobo-da-tasmânia, foi extinto no início do século XX devido à caça e à introdução de cães selvagens. O último conhecido, chamado Benjamin, morreu em 1936. Especialistas acreditam que a reintrodução do tilacino poderia restaurar o equilíbrio ecológico na Tasmânia, já que seu habitat ainda existe.
O mamute-lanoso, que desapareceu há aproximadamente 4 mil anos, é outro foco de pesquisa. Cientistas estão utilizando DNA de fósseis e o genoma do elefante asiático para tentar trazer a espécie de volta. A Colossal argumenta que a reintrodução de mamutes na tundra ártica poderia ajudar a preservar o ecossistema, retardando o degelo do permafrost.
Desafios e Oportunidades
A desextinção do dodô, ave extinta em 1681, também é considerada. O dodô desempenhava um papel crucial na dispersão de sementes, e seu retorno poderia auxiliar na restauração das florestas das Ilhas Maurício. Além disso, a organização Revive & Restore está trabalhando para reviver o pombo-passageiro, que foi extinto em 1902.
Na Europa, iniciativas de retrocruzamento resultaram na criação de um bovino semelhante ao auroque, extinto em 1627. Embora não seja uma desextinção no sentido estrito, esses esforços visam restaurar funções ecológicas perdidas. A clonagem do bucardo, extinto em 2000, também marcou um avanço, embora o animal tenha sobrevivido apenas sete minutos após o nascimento.