- A saúde do assoalho pélvico masculino tem recebido mais atenção, com estudos indicando que um em cada cinco homens enfrenta disfunções pélvicas.
- Essas condições incluem problemas na bexiga, uretra, reto e próstata, afetando até jovens adultos.
- Sinais como escapes de urina, dor perineal e dificuldades na ereção são comuns, mas muitas vezes não são diagnosticados corretamente.
- O tratamento envolve fisioterapia pélvica e mudanças no estilo de vida, como exercícios para fortalecer a musculatura.
- Novas diretrizes recomendam que médicos identifiquem e encaminhem pacientes com essas disfunções para fisioterapia.
Quando se trata de saúde do assoalho pélvico, a atenção tem sido predominantemente voltada para as mulheres, especialmente em relação à gravidez e menopausa. No entanto, estudos recentes revelam que cerca de um em cada cinco homens enfrenta disfunções pélvicas, um dado alarmante que inclui até jovens adultos. Essa condição, que afeta a bexiga, uretra, reto e próstata, é frequentemente ignorada.
A falta de informação é um dos principais obstáculos. Enquanto as mulheres são educadas sobre a saúde do assoalho pélvico desde cedo, muitos homens só se tornam conscientes do problema quando os sintomas surgem, frequentemente recebendo diagnósticos imprecisos. Sinais como escapes de urina, dor perineal e dificuldades na ereção são comuns, mas muitas vezes atribuídos a outras condições, como infecções ou problemas prostáticos.
A Nova Perspectiva
Um estudo publicado no Journal of Women’s & Pelvic Health Physical Therapy destaca que 32% dos homens entre 25 e 34 anos relataram disfunções urinárias, desafiando a ideia de que esses problemas são exclusivos de homens mais velhos. O urologista Leonardo Borges, do Einstein Hospital Israelita, enfatiza que a saúde do assoalho pélvico é crucial para a qualidade de vida masculina. “Quando a musculatura está enfraquecida ou tensa, surgem sintomas que podem impactar seriamente a vida do homem,” afirma.
Além disso, fatores como estresse, sedentarismo e hábitos de vida inadequados contribuem para essas disfunções. O estresse emocional pode gerar tensão muscular crônica, dificultando funções básicas como urinar e manter uma ereção. A prática de exercícios pélvicos, como os de Kegel, é recomendada para fortalecer essa musculatura.
Diagnóstico e Tratamento
O diagnóstico é geralmente clínico, baseado em anamnese e exame físico. Em alguns casos, exames complementares podem ser necessários. O tratamento eficaz muitas vezes envolve uma abordagem multiprofissional, com fisioterapia pélvica masculina sendo uma das principais estratégias. “O tratamento deve ser iniciado o quanto antes para melhores resultados,” destaca Borges.
Mudanças simples no estilo de vida, como evitar a retenção urinária e manter uma boa postura, também são essenciais. Novas diretrizes da Associação Americana de Urologia recomendam que médicos estejam atentos a essas disfunções e encaminhem pacientes para fisioterapia quando necessário. O aumento da conscientização sobre a saúde do assoalho pélvico masculino é crucial para que os homens busquem ajuda e não sofram em silêncio.