CotidianoSaúde

12 de ago 2025

Demência se tornará principal causa de incapacidade no Brasil, alerta pesquisadora

Pesquisas da USP revelam novas relações entre demência e fatores de risco, destacando a importância da prevenção precoce e abordagens multifacetadas

A geriatra Claudia Suemoto é diretora do Banco de Cérebros da USP e professora da Faculdade de Medicina da USP (Foto: Taba Benedicto/ Estadão)

A geriatra Claudia Suemoto é diretora do Banco de Cérebros da USP e professora da Faculdade de Medicina da USP (Foto: Taba Benedicto/ Estadão)

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A Universidade de São Paulo (USP), por meio do seu biobanco, está à frente de novas descobertas sobre a demência no Brasil, especialmente a doença de Alzheimer. Com um acervo de mais de 5 mil cérebros, a pesquisa liderada pela médica geriatra Claudia Suemoto revela a prevalência de demência vascular e depósitos de proteínas em cérebros jovens.

Desde 2022, Claudia coordena o biobanco, que recebeu um financiamento internacional de U$ 1,2 milhão para expandir suas pesquisas. O foco atual inclui a investigação de causas genéticas da demência e o estudo de cérebros de pessoas com mais de 90 anos, buscando entender os fatores que desencadeiam os sintomas e os mecanismos que preservam a cognição.

Entre as descobertas, Claudia destaca que a baixa escolaridade é um dos principais fatores de risco no Brasil. A pesquisa indica que ter apenas quatro anos de escolaridade já confere alguma proteção contra a demência. Além disso, a análise de cérebros com cognição normal revelou sinais precoces de depósitos de proteínas relacionados à doença de Alzheimer em indivíduos jovens, sugerindo a necessidade de prevenção precoce.

Avanços e Desafios

A pesquisa também aponta que a demência no Brasil tem múltiplas causas. Enquanto a doença de Alzheimer representa 50% dos casos, a demência vascular é mais prevalente em populações de baixa e média renda. Essa condição é prevenível, pois está associada a fatores como pressão alta, diabetes e obesidade.

Claudia enfatiza que a complexidade das causas da demência exige abordagens terapêuticas multifacetadas. O biobanco está em busca de entender melhor as causas genéticas específicas em populações diversas, já que muitos estudos anteriores não se aplicam bem a grupos mais miscigenados.

A pesquisa sobre a demência no Brasil avança rapidamente, com novas metodologias de diagnóstico e tratamento. Claudia expressa otimismo, afirmando que, ao entender melhor o acúmulo de proteínas no cérebro, será possível desenvolver respostas mais eficazes para a condição.

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