CotidianoSaúde

14 de ago 2025

Anvisa libera medicamento oral inovador para tratamento de câncer cerebral

Vorasidenibe pode transformar o tratamento de gliomas, mas acesso no SUS enfrenta barreiras burocráticas e demora significativa

Fachada do edifício sede da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) - 18.ago.22 - Marcelo Camargo (Foto: Agência Brasil)

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Um novo tratamento para câncer no cérebro foi aprovado pela Anvisa. O vorasidenibe, comercializado como Voranigo, é um medicamento oral que inibe o crescimento de células tumorais em gliomas. A aprovação ocorreu na segunda-feira, 11 de setembro, e representa um avanço significativo, já que as opções de tratamento até então eram limitadas a cirurgia, radioterapia e quimioterapia.

O vorasidenibe é indicado para pacientes a partir dos 12 anos com gliomas específicos, como astrocitomas ou oligodendrogliomas de baixo grau, que apresentem mutações nas enzimas IDH 1 ou 2. O medicamento atua bloqueando essas enzimas, responsáveis pela produção de substâncias que favorecem o crescimento tumoral. Estudos clínicos mostraram que o uso do Voranigo pode reduzir em 61% o risco de progressão da doença.

Apesar da aprovação, o acesso ao medicamento pode ser complicado, especialmente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Após a validação pela Anvisa, o medicamento precisa ser incorporado ao rol da Agência Nacional de Saúde (ANS) e passar por uma avaliação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec). Esse processo pode levar tempo, e muitos pacientes podem ter que recorrer à justiça para obter o tratamento.

Os especialistas destacam que o vorasidenibe apresenta efeitos colaterais mais leves em comparação com os tratamentos convencionais. O oncologista Gustavo Matos, do Hospital Sírio-Libanês, afirma que o novo remédio pode adiar a necessidade de intervenções mais invasivas, como cirurgias e quimioterapia, melhorando a qualidade de vida dos pacientes.

A farmacêutica Servier, responsável pela comercialização do Voranigo, enfatiza que os resultados positivos dos ensaios clínicos demonstram a eficácia do medicamento em prolongar o tempo até a necessidade de novos tratamentos. Contudo, a fase de precificação e a cobertura pelos planos de saúde ainda são barreiras a serem superadas para garantir o acesso ao novo tratamento.

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